O primeiro de que falo é Radicci,
com seu humor descarado e sem nenhuma preocupação com o que é
civilizadamente considerado educado. O personagem é descendente de
imigrantes italianos, mas ao invés da imagem idealizada do que se expõe
geralmente, ele é beberrão, peidão, preguiçoso e sem-vergonha, assedia a
esposa e provoca o filho ambientalista com suas atitudes
antiecológicas. E os desenhos de Iotti são hilários! Vale cada página.
O segundo comentado é Garfield,
de Jim Davis. O gato gordo que adora lasanha é também um preguiçoso
incurável, que maltrata o próprio dono e o colega cachorro, que como ele
diz, é um idiota. Muitos conhecem pelos filmes e desenhos, mas nos
quadrinhos o material é muito mais rico e disponibiliza um leque muito
maior de situações e bizarrices. Em certa ocasião, quando Garfield acusa
o ursinho de pelúcia de ter quebrado um vaso, John, seu dono pensa: “ O
que me incomoda não é a mentira, mas o pouco crédito que ele dá à minha
inteligência.” Infelizmente esta edição foi "surrupiada" da minha coleção.
O terceiro é Snoopy,
da tira “Peanuts”, de Charles Shulz, e traz o famoso cachorrinho de
Charlie Brown em aventuras com parentes e diálogos inusitados com o
passarinho Woodstock, além de outras situações onde demonstra que gosta
mesmo é de ficar deitado no telhado de sua casinha. Embora esta edição
não tenha a mesma sensibilidade da série, mesmo assim traz textos
reflexivos, mas o que impera é o humor.
Estas edições que trazem
coletâneas da linha "Pocket" são muito bons. Quero conseguir outros
títulos deste tipo, como Hagar, Níquel Náusea e outros.
Texto originalmente publicado em 2011 no antigo blog.
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