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17 de out. de 2017

Heróis: Professora Helley e o menino Lucas

      Na página do meu projeto Gibiblioteca, nas páginas de fãs e colecionadores de quadrinhos, nos games e filmes que gostamos desde criança exaltamos sempre os super-heróis e super-heroínas. Este ano mesmo chegou ao cinema um símbolo feminino, a Mulher-Maravilha, que desde os anos 1940 representa a força das mulheres. Bom, mas no mundo da fantasia, geralmente os heróis e heroínas têm habilidades ou super poderes fora do comum, usam roupas diferentes, com capas e armas.


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      Nos últimos dias, no entanto, surge uma história de uma professora em Minas Gerais que entra três vezes na sala de uma creche em chamas, no intento de salvar o máximo possível de crianças. Com 90% de seu corpo queimado, ela acaba não resistindo e veio a falecer. Sem poderes de regeneração, sem roupa especial, sem treinamento, sem capa, sem armas, mas com uma coragem rara, deixando como consequência de seus atos seus três filhos sem ter a mãe para tentar ao máximo que outras mães tenham seus filhos. Deixando três filhos sem a mãe, mas com o maior exemplo de heroísmo que alguém poderia ter de um familiar, de um amigo, de um ídolo do cinema, da literatura fantástica, dos quadrinhos. Naquele dia trágico em que um vilão incendeia a inocência, num ato indescritível de maldade, na hora de desespero dos indefesos, heróis entram em ação, e a professora Helley Batista se transformou numa Mulher Maravilha. Assim como Lucas Vezzaro de 14 anos, que também morreu ajudando a salvar os amigos na tragédia com o ônibus escolar em Erechim-RS em 2004. Em reportagem da época, foi dito que mergulhava, nadava e tirava os colegas, até que em certo ponto não conseguiu voltar. Nunca esqueci isso! Lucas naquele dia se transformou enquanto teve forças num pequeno Aquaman.

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       Lucas e Helley ganharam homenagens, e seus nomes agora batizam escolas. Herói e heroína da vida real, que deram o sacrifício maior. Que deram sua vida por outros. Heróis e heroínas que não precisam entrar em guerra, nem matar, nem socar o inimigo. Que simplesmente salvam. Que protegem. Que retiram a criança do lugar perigoso. Que aliviam a dor e o sofrimento com seu conhecimento, com remédio, com alimento, com uma palavra amiga, com orientação, ao segurar sua mão, ao se preocupar. Ou simplesmente agir na hora em que é necessário! Enfermeiros, médicos e paramédicos, bombeiros, policias, professores que cuidam de nossos filhos, voluntários em lugares de guerra e miséria.

       Teremos todos essa fagulha do heroísmo? Será que nosso instinto de sobrevivência permite que sejamos todos heróis e heroínas? Talvez não! Talvez nem sempre! Por isso mesmo exalto hoje esta mulher e relembro do valente menino! Não a conhecia, mas disseram Helley amava sua profissão e Lucas gostava de ajudar os amigos. Seus atos provaram! E não os esqueceremos! São heróis!

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