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7 de out. de 2019

Leituras de Outubro

    A Saga de Thanos (Volume 1) - encadernado da Panini. Ufa! Acabei de ler este tijolo de mais de 400 páginas, um petardo trazendo 21 histórias, a maioria contando a Saga de Warlock, primeiramente chamado de Ele nas histórias do Quarteto Fantástico, quando ele surge e mata seus criadores malignos e do Thor, quando rapta Lady Sif e enfrenta o deus do trovão. Nessas histórias as páginas inteiras de jack Kirby são lindas demais! Em seguida temos um épico que parafraseia a bíblia cristã, onde um semideus, o Alto Evolucionário, cria um mundo que acaba corrompido por um de seus filhos, o Homem-Fera, e Warlock se sacrificando como um Messias para salvar a chamada Contraterra. Ele encontra seguidores, é negado, traído, tentado, e já em histórias do Hulk participa de uma ceia, é julgado e crucificado, e por fim, ressuscita. Os fãs de Thanos iniciantes podem estranhar tantas histórias sem ter o titã, mas elas são necessárias para que conheçamos um de seus maiores inimigos. (até poderiam sim publicar apenas a segundas fase e apresentar também a origem do Capitão Marvel). Enfim, depois disso a estreia de Thanos contra Drax e o Homem de Ferro, e o começo de sua busca pelo Cubo Cósmico e suas maquinações contra Mar-Vell, com participação do Coisa. Uma ótima edição cheia de clássicos das décadas de 1960 e 1970 que até hoje influenciam as mídias dos quadrinhos, tv e cinema, movimentando bilhões de dólares e encantando gerações. São vários artistas que criaram a saga, até que Jim Starlin foi assumindo o comando de tudo. Pra quem curtiu os anos 1990, foi uma busca incansável consegui a minissérie em formatinho da editora Abril, com cinco volumes contendo essa saga. Agora aguardamos o Volume 2 da Panini, pois é irresistível ter esse épico na estante! Desta vez a Panini melhorou os cuidados com a edição. Encontrei apenas 3 erros: a palavra "diferança" (diferença), e a troca da palavra "bem" pela palavra "fim" (a luta entre o fim e o mal), e uma colocação do artigo "o" quando seria "a" em outro momento.  











O HOMEM-FERA








 





Salvat Vermelha - Deathlok: Com a primeira história, de 1974, mais uma minissérie de 1990 do heróis cibernético, um ciborgue que já teve várias identidades humanas colocadas juntamente com o computador e corpo de metal, construído para ser uma arma. O conceito pode ser manjado, mas aí é que os autores se destacam, ao trazer um monstruoso ser, dotado de armamentos, mas que não quer matar, contrariando sua programação em busca de justiça para si e outros. A história inicial da edição ficou incompleta, sendo apenas uma amostra (ainda com Deathlok sendo Luther Manning). Já a minissérie, com 4 capítulos longos (46 páginas cada), temos outra identidade, Michael Collins, que busca ser humano de novo e enfrenta corporações, ajuda rebeldes em uma guerra na América do Sul, no país fictício Estrella, se envolve com a Shield e enfrenta um enganado Solaris no Japão. Boas histórias, repletas de ação, desenhos competentes e um roteiro bem amarrado. Apenas alguns erros tipográfico e de tradução: "Seu eu" no lugar de "Se eu" (duas vezes), "uma ativo" (um*) e a palavra "inteligência" (acredito ser "intelligence" no original) sendo usada onde a tradução adequada seria "informação" - erro clássico.



Salvat - Quarteto Fantástico: A Vinda de Galactus - a saga que dá título ao encadernado já foi comentada aqui algumas vezes, mas esta edição também traz o casamento de Reed Richards com Sue Storm, com um desfile de vilões e heróis numa edição anual bem caça-níquel dos anos 1960. Depois, o encontro com os misteriosos Inumanos, onde o Tocha se apaixona por Cristalys. Então, entra em cena o Vigia, o Surfista Prateado e Galactus (colorizado decentemente, sem as pernas de fora - embora seja mencionado o fato na história). Stan Lee e Jack Kirby em sua melhor fase no Quarteto, em histórias cheias de ficção, humor, drama, ação, e introduzindo muitos plots para histórias futuras. Nota-se hoje a maneira rude com que Sue era tratada por Reed, mesmo ela sendo um pouco menos corajosa ou hábil com seus poderes, ele era bem mandão - reflexo da época. Fechando a edição, uma história publicada na edição da coleção de capa vermelha do Coisa, onde o mesmo é enganado e substituído por um cientista que deseja matar Reed, mas ao tomar o lugar de Ben Grimm, descobre a nobreza do Senhor Fantástico e se sacrifica por ele, morrendo dignamente. No Brasil, essa história também saiu em O Homem-Aranha 65, da Ebal, em 1974. (Pra variar, tenho também).




Mônica 68 (série 1 - Panini)  - Cebolinha convence Marina a usar seu lápis mágico para alterar o cenário da história, homenageando o jogo Super Mario Bros. Bugu quer agitar as histórias de Bidu e encena vários filmes famosos. Tina espera o namorado para um jantar a dois, mas seus amigos aparecem em sua casa. Mônica anda pela rua e vê diversos meninos de quem gosta, numa história muda. Zé Vampir ajuda um velho ator a tentar recuperar o prestígio de outrora. Dorinha guia Mônica que não enxerga por causa de um cisco nos olhos. Papa-Capim e Cafuné conhecem a "farmácia" do Pajé. Os personagens da turma ficam perdidos sem o roteiro da história, pois a equipe do estúdio Mauricio de Sousa estão atrasados. Marina quer uma foto, mas tudo sempre dá errado. E uma confusão da turma ao tentar brincar com teatro de bonecos deles mesmos. As histórias da edição não chegam a ser ruins, mas que faltou inspiração, faltou.



Salvat Vermelha: Homem-Formiga (Scott Lang) - com a origem do personagem em duas histórias, e mais sete edições da série Fundação Futuro (publicadas anteriormente na revista Universo Marvel), onde Scott é convocado por Reed Richards para ser líder por 4 minutos enquanto eles viajam pelo tempo e espaço. Mas algo sai errado e ele, juntamente com a namorada do Tocha, a Mulher-Hulk e Medusa, com a ajuda do Homem-Dragão, devem orientar crianças mutantes e superpoderosas enquanto enfrentam ameaças como o Toupeira e o Quarteto Terrível. Scott havia perdido sua filha Cassie recentemente. Boa edição, leitura rápida e divertida.



Almanaque Temático - Chico Bento e o Primo da Cidade: Chico vai para a cidade nas férias, ou o primo Zeca vai para o sítio do tio, na roça. Essa fórmula rende boas histórias há anos e aqui há uma coletânea boa, mas senti falta de algumas (como a do Shopping - embora na edição tenha uma com esse tema) da minha infância. Pelo menos a melhor de todas, "Chico no Restaurante", onde Chico arma uma confusão pois pediu "bife a cavalo" e não veio nenhum cavalo. A primeira, que se passa no ônibus, também rende boas risadas, parece as anedotas encenadas pelo Trapalhões nos anos 80. Muitas delas são sobre o Chico mostrando ao primo  e tios o valor de uma vida simples e até sobre consumismo. Em outras, ele mesmo aprende a valorizar o que tem. Sempre enaltecendo a natureza, os animais e o trabalho, Chico Bento é o retrato de um Brasil de interiores, onde não se fala a língua padrão mostrada na TV e livros. Bom material para professores como eu.






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