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6 de set. de 2013

Quadrinhos e Cinema 1 - Trilogia Blade




         Dessa nova onda que não acaba mais (ainda bem) de fazer filmes adaptados de Histórias em Quadrinhos, a maioria lembra de X-Men – O Filme e Homem-Aranha como os primeiros, sendo, respectivamente, de 2001 e 2002. Mas o que iniciou essa nova empreitada cinematográfica de adaptar os personagens de gibis depois de muitas bombas foi o sucesso do filme Blade, O Caçador de Vampiros (1998), que pra quem não sabe, é personagem da Marvel Comics. O personagem era um coadjuvante das histórias do Homem-Aranha e do Motoqueiro Fantasma, e seguia (segue) uma linha de quadrinhos de terror, com um clima mais pesado que o água-com-açúcar dos super-heróis nos anos 80. Com o sucesso do filme e as tecnologias de efeitos digitais avançando a ritmo galopante, a Marvel resolveu investir em projetos há muito prometidos, como o dos mutantes e o aracnídeo.

Blade 1
     

    No primeiro filme, Wesley Snipes, que ficou famoso com “Passageiro 57” e depois com “O Demolidor” ao lado de Stallone, é apresentado ao público com seu estilo durão e o parceiro Whistler, que o tirou das ruas. Ele ajuda uma médica infectada por vampiros e aplica nela um soro que utiliza em si mesmo para não necessitar de sangue. Blade é conhecido como “O que anda de dia” (Daywalker), pois ele possui a força e poderes dos vampiros, mas sem suas fraquezas. Sua condição se deve ao fato que sua mãe foi mordida quando estava grávida e ele herdou o vampirismo, mostrado no filme como uma doença.

          O filme trouxe outros conceitos interessantes e polêmicos, como o dos vampiros usarem protetor solar para – é lógico -  se protegerem e não morrerem na luz do sol, e também o dos familiares, escravos dos vampiros em troca de proteção ou da promessa de se tornarem vampiros futuramente. Eles usavam pequenas tatuagens que os identificavam. Não vou me estender sobre a história, pois todos devem ter visto.

          Blade 2 foi melhor ainda que o primeiro, os efeitos mais radicais da era Matrix e temos uma evolução/mutação do vírus dos vampiros, agora chamados Reapers, que se alimentam de outros vampiros, contaminando-os. Blade se junta a uma equipe de antigos inimigos, pois os Reapers estão se multiplicando rápido. Neste filme temos a volta de Whistler, que parecia ter morrido no primeiro filme.

 
      
    O terceiro filme da série, Blade Trinity, é uma decepção total, o diretor deste filme não soube manter o clima sombrio com tiradas cômicas e nem a ação. Forçou a barra e Blade está sério demais, as piadas são forçadas, a ação é previsível e pra variar, Whistler morre de novo! Agora Blade se junta à filha dele (Jessica Biel, que no filme vive baixando mp3 da internet e ouvindo durante as missões!?) e outra equipe de caçadores de vampiros. Tudo num clima de seriado. O filme peca também pela pretensão de querer fazer Blade enfrentar o pai de todos os vampiros, Drácula, mostrado como um latino ou árabe, sei lá, moderninho e metido a galã. Li no site Omelete e concordo que o 3º filme foi muito pretensioso, quando os outros fizeram sucesso justamente por não serem, e surpreenderem quem vê. Os efeitos também não impressionam, e o filme dá sono. Uma pena, já que a série começou muito bem. Ryan Reynolds já dá uma de engraçadinho, personagem que repetiria como o Deadpool. Comecei a odiá-lo aqui.

    Os filmes influenciaram também os quadrinhos, que passaram a apresentar Blade como nos filmes. O personagem ganhou alguns títulos próprios (que não duraram) e minisséries. Inclusive alguns desenhistas o fazem idêntico ao Wesley Snipes. Olha aí o visual dele nos quadrinhos:








     Depois dos filmes veio um seriado de TV que foi cancelado na primeira temporada, não era tão rui  na minha opinião, mas não empolgava... recentemente foi lançado um anime com 12 episódios bons, embora o visual seja o mesmo do seriado.

















 

1 de set. de 2013

Duas HQs Interessantes

Capitão América 185 (Ed. Abril) – apresentando uma história dos Vingadores onde uma raça de guerreiros alienígenas se libertam de uma prisão onde haviam sido miniaturizados pelo Colecionador, um dos anciões do Universo. A Confraria de aliens domina Nova Iorque e dão uma surra atrás da outra nos heróis. Poucas vezes Capitão e Cia. apanharam tanto. A história continua na edição seguinte, onde o grande segredo dos invasores é revelado: eles são uma raça projetada a partir de dejetos, se alimentam de esgoto e podridão. O próprio líder, apaixonado pela eterna Sersi, acaba permitindo a derrota por ter vergonha de ser quem é! Na verdade ele obedecia seu irmão, que aparentemente era apenas um bufão, mas que controlava a família.





Loki – lançada pela editora Panini há algum tempo, esta minissérie em duas edições conta fatos da mitologia nórdica recorrentes nas histórias do Thor pela visão de seu irmão “maligno”. Adotado por Odin, filho dos gigantes de gelo, Loki revela-se uma vítima do destino, criado e manipulado por forças maiores para contrastar com o brilho do irmão, a fim de que este sempre se destaque e mantenha sua imagem benevolente. Uma história muito bem escrita e desenhada. Dá pena do pobre Loki. Esta série ganhou uma versão animada com imagens retiradas do próprio gibi (motion comics).



 
 


*Republicando do antigo blog.

26 de ago. de 2013

X-Men Gigante 2 - A Destruição de Wolverine

    Mais uma vez aproveito o texto do amigo Leandro Vargas, do blog Olhos Estranhos, para comentar minhas leituras atuais, ainda que de edições tardias, como a antiga revista que dá título a esta postagem:



    "X-Men Gigante" 2 foi lançada pela Abril em julho de 1996, reunindo aventuras dos X-Men, X-Factor, X-Force e Excalibur na saga intitulada "Atrações Fatais", e é bem melhor que a revista anterior. As histórias mostram um grande confronto dos X-Men contra Magneto, que durante a batalha decisiva acaba retirando o adamantium que revestia o esqueleto de Wolverine, que quase é morto no processo. Os argumentistas foram Scott Lobdell, Joe Quesada, J. M. DeMatteis, Fabian Nicieza e Larry Hama, e entre os inúmeros desenhistas destaque para John Romita Jr., Jae Lee, Paul Smith, Andy Kubert e Adam Kubert.

    As 2 primeiras histórias são apenas regulares, e trazem o X-Factor enfrentando os Acólitos(mutantes seguidores do Mestre do Magnetismo) e Cable evitando que os jovens da X-Force sejam recrutados por Magneto. A coisa começa à ficar boa na terceira história(publicada originalmente em "Uncanny X-Men" 304), que mostra todas as equipes inspiradas pelo sonho de Xavier reunidas para chorar a morte de Illyana Rasputin, uma vítima do vírus Legado.

    A história começa apelando para a nostalgia, com Kitty Pryde(então uma integrante do Excalibur) lembrando dos velhos tempos ao lado de Tempestade e de um triste Colossus, totalmente abatido e desiludido por causa da morte da irmã. Durante o funeral, os X-Men são atacados por Magneto, que quer começar uma guerra contra os humanos e oferece aos mutantes abrigos em Ávalon, sua nova base espacial.

   No meio de muitos discursos sobre qual ideologia é a melhor, a de Magneto ou a de Xavier, os X-Men(que estavam paralisados por Magnus, que manipulou os átomos de ferro no sangue de seus inimigos) contra-atacam graças às habilidades de Bishop. No meio da feroz batalha, Colossus decide mudar de lado e unir-se à Magneto. A história - que contou com os belos desenhos de John Romita Jr. - encerra com Xavier usando seus poderes mentais para expulsar Magneto e sua base da Terra. 

   Na história seguinte, os governos de todos os países decidem ativar um escudo que impede Magneto de usar seus poderes na atmosfera do planeta. Como represália, o vilão provoca uma explosão eletromagnética que inutiliza todos os recursos mecânicos e tecnológicos da Terra. Os X-Men conseguem continuar operando normalmente graças à tecnologia shiar em seu QG, e Xavier decide liderar um ataque à Ávalon para deter Magneto de uma vez por todas. A equipe formada pelo Professor X contou com Jean Grey, Wolverine, Gambit, Vampira e Mercúrio.

   Graças à uma providencial ajuda de Colossus, a equipe consegue se infiltrar em Ávalon, tomar o controle da base e teleportar para fora do lugar todos os Acólitos. Começa então um confronto direto de Magneto contra os X-Men, com Xavier e Jean Grey empreendendo um poderoso ataque mental contra Magnus.

   Num momento crucial da batalha, Wolverine fere Magneto com suas garras e o vilão responde retirando todo o adamantium do corpo de Logan, que só não morre graças à interferência de Jean Grey. Xavier decide então por um último e definitivo ataque, e apaga a mente de Magneto, num ato que seu antigo inimigo pensava que o líder dos X-Men jamais teria coragem para realizar. Magneto permanece em Ávalon sob os cuidados de Colossus, e os X-Men voltam para a Terra, com Logan às portas da morte.

Xavier e Jean entram na mente de Logan para ajudá-lo a superar o trauma psíquico causado pelo ataque de Magneto, enquanto o fator de cura do carcaju age para curá-lo dos ferimentos físicos. O retorno dos X-Men ao planeta em um Pássaro Negro modificado é bastante acidentado, e o grupo sofre bastante para manter a nave inteira. Wolverine fica perto de desistir de lutar por sua vida, mas um grito de Jean Grey por ajuda o faz voltar à consciência. Sem o adamantium nos ossos e com o fator de cura fragilizado, Logan decide deixar o grupo para aprender a lidar com sua nova situação.

   Na última história da edição, Xavier, Ciclope e Jean Grey vão até a Ilha Muir pedir ajuda ao Excalibur em uma importante missão: convencer Colossus a deixar os Acólitos e retornar aos X-Men. Atraído por um pedido de Kitty Pryde, Peter Rasputin é aprisionado pelos X-Men, que curam seus ferimentos físicos(sofridos em histórias fora desta saga), mas não conseguem fazer com que o mutante russo mude de ideia em relação à Magneto. Sentindo-se culpado pela morte de Illyana e desiludido com o sonho de Xavier, Colossus decide voltar à Ávalon, mas antes perdoa Kitty por sua traição.
 
   Apesar de alguns desenhos fracos e das histórias não muito boas que abriram a edição, esta "X-Men Gigante" é uma boa pedida para os fãs dos mutantes da Marvel, pois apresenta um interessante confronto da equipe de Xavier contra Magneto e explora bem as ações e emoções de Colossus, um dos personagens mais importantes dos X-Men. As mudanças sofridas por Wolverine foram apenas temporárias, mas até que geraram algumas boas histórias com o invocado canadense. E Kitty Pryde também marca presença nesta revista que, só por isso, não pode ser considerada ruim.  

fonte: http://olhosestranhos.blogspot.com.br/2011/04/x-men-gigante-2.html



(Sim, Leandro é louco pela Kitty)

21 de ago. de 2013

Juiz Dredd Megazine

Pegando emprestado o texto do blog Olhos Estranhos, apenas adiciono que os crono-canas roubaram a cena:

Boa a revista "Juiz Dredd Megazine" 1, publicação da Editora Mythos. Esta edição de estreia trouxe 2 histórias do Juiz Dredd. Na primeira(desenhada por Brian Bolland), Dredd enfrenta um arruaceiro que ataca o zoológico de criaturas alienígenas da cidade e, na segunda(ótima), lida com um ataque terrorista que tem como objetivo acabar com a autoridade dos juízes.




As outras histórias da revista("Nikolai Dante", "Sláine" e "Área Cinzenta") também são legais e foram retiradas da revista inglesa "2000 AD", assim como a interessante aventura "Distorções Temporais", escrita por Alan Moore e desenhada por Dave Gibbons. O gibi conta ainda com alguns textos que apresentam os personagens, e é louvável ver um lançamento de tamanha qualidade chegar às bancas brasileiras.

15 de ago. de 2013

A "Forma de Vida"



Quadrinhos Perturbadores. 

    A revista Hulk Anual 1, lançada pela editora Abril em março de 1994, sem muita divulgação,  traz 4 histórias sobre a Forma de Vida, criatura formada por um vírus mutante que infectou George Prufrock, filho de um político corrupto e mafioso. Encontrei por acaso um dia folhando em um sebo e vi o Surfista Prateado, então comprei pra minha coleção e não me arrependi!! 



     Parte1 – George, que trabalha para o grupo terrorista IMA (Idéias Mecânicas Avançadas), é enviado numa missão até os laboratórios Pró-Gama, que desenvolvia secretamente um vírus alucinógeno instável que transformava as pessoas em maníacos homicidas. Ele confronta o Justiceiro e acaba se infectando, explodindo em tumores, com o corpo inchado e deformado, além de um odor horrível. Depois de outro confronto, onde morre seu pai, ele é dado por morto ao cair num rio.

        Parte 2 – O repórter Ben Urich investiga a confusão na Pró-Gama, e o Demolidor é chamado ao acharem pistas do monstro, que tentava devorar uma vítima. O monstro, cuja mente se alterna ora vírus, ora George, leva tiros e deixa um braço seu para trás. Um investigador toca e se contamina. O monstro acaba se dissolvendo e escorre pelo bueiro.

        Parte 3 – Uma alienígena chamada Clemência, que tenta entender e satisfazer o desejo dos humanos, encontra a criatura, que num lampejo de consciência, pede para morrer, pois está sendo dominada pela Forma de Vida criada pelo vírus. Em dúvida sobre a autenticidade do desejo de morte, Clemência promove um encontro da criatura com o Hulk, pois ele também é duas pessoas a seu ver e os dois podem se identificar e aprender um com o outro. Mas a criatura está faminta e ataca o Hulk, cinza na época. O Hulk esmaga o bicho, que encontra Clemência novamente e pede para voltar à forma humana, mas infelizmente a transformação não era permanente e George vai até o hospital devorar o infectado policial da história anterior, a quem George narrava sua história.

        Parte 4 – A história começa no ponto onde acabou a anterior. O monstro ia devorar o paciente do hospital ma suma enfermeira chega na hora. O monstro cresce e se transforma numa criatura disforme, devorando e absorvendo as pessoas e todas as formas de vida que encontra. O Surfista Prateado estava na Terra dando um aviso aos Vingadores quando encontra Reed Richards, do Quarteto Fantástico que ia investigar o tumulto no hospital a pedido de Nick Fury. A criatura mergulha no mar e devora e absorve toda a fauna da região, crescendo exponencialmente. O Surfista enfrenta o monstro e vê que ele se regenera rapidamente. Percebe que para destrui-la, precisaria arrasar parte da cidade junto. Resolve então deixar que a Forma de Vida tente devorá-lo, assim ela o engole e ele faz a criatura erguer-se no ar e rumar pro espaço, sendo congelada, e depois largá-la num planeta deserto. O Surfista ia matar a criatura quando ouve George Prufrock, dentro da criatura, falando: “Sim, me mata!” O Surfista ouve sua história, surpreso pela consciência dele e por que ele é uma vítima inocente, resolve não matar a criatura, mesmo não havendo um jeito de separar George do monstro. Tudo porque valoriza demais a vida. Ele ficaria ali para sempre, sem ter o que devorar e em eterna agonia. O Surfista Prateado se questiona, voando rumo às estrelas: Quem será o pior monstro: a abominação abaixo ou o homem que a deixou sofrer tal destino?

Estágios da mutação:



 

 

 

 

 

    

    Um dos monstros mais nojentos das Histórias em quadrinhos, essa saga despretensiosa traz humor, suspense, partes boas, partes ruins, terror, e até questões para se pensar, como a eutanásia, além de um final aberto a continuações.  

 
O Monstro no final da história.

 

    O Surfista pegou pesado! Deu raiva dele!

 

10 de ago. de 2013

Ciência dos Heróis (12) - Final



    O personagem Flash, da DC Comics, sofeu um acidente envolvendo um raio que atingiu vários elementos químicos que alteraram as capacidades físicas de seu corpo, permitindo que ele acesse uma energia chamada "força de aceleração". Mas na vida real, seria possível alguém correr em supervelocidade?
    Mesmo que tivéssemos a força física nas pernas e o equilíbrio, há outros empecilhos para ser superveloz. Veja a seguir:

    O principal problema para que se viaje em supervelocidade é a resistência do nosso corpo ou dos materiais de carros ou naves.





     O atrito com o ar tem efeitos como o da foto acima: tudo se despedaça, inclusive a carne!
     Além disso, o momento de frear em supervelocidade seria um problema, assim como o vento causado pelo brusco deslocamento do ar durante a corrida!






      Esse poder traria mais problemas do que soluções.
     Mas na hora do aperto ou perigo sempre conseguimos correr numa velocidade incrível, não é mesmo?


6 de ago. de 2013

Mostra de Trabalhos (Mais fotos)

      No dia 17 de julho a EMEF Getúlio Vargas, em Santa Vitória do Palmar, conforme já postado. Agora, mais fotos do evento, onde os alunos também assistiram a vídeos sobre a cultura afro-brasileira (escritores, vídeos de hitória dispoibilizados pelo MEC  e TV Escola)  e também música afro-americana. Conheceram o primeiro sucesso com a  junção de Rock e Rap com o clipe de Walk This Way das bandas AerosmithRun DMC, músicas de  artistas como Michael Jackson (Black Or White, Remember The Time e They Don't care About Us com o grupo Oldum) e Beyoncé, além dos primórdios do Rock n' Roll, com Chuck Berry e Chubby Checker. Clique nas fotos para ampliar.











Trabalho feito com quadrinhos com a professora Kátia Rodrigues

3 de ago. de 2013

A Última Caçada de Kraven

       Clássica desde o lançamento em formato americano pela Editora Abril (incomum nos anos 90), Homem-Aranha - A Última Caçada de Kraven, minissérie em 3 edições relançada pela Panini num volume encadernado, é realmente surpreendente! Claro que com o passar dos anos perdeu aquele impacto, já que hoje os quadrinhos estão muito mais sombrios, violentos e adultos, mas nada tira seu merecimento.

 

        O Homem-Aranha sempre foi divertido e colorido, apesar de tratar muitas vezes de temas sérios também. Por isso, os fãs da época, que vinham acompanhando a era do uniforme negro já acompanhavam várias mudanças na vida de Peter Parker, como o casamento. Na verdade as histórias da época estavam bem fracas, e ninguém esperava se deparar com um destino trágico para um dos vilões tradicionais do Aranha, Kraven, O Caçador.
           Na primeira parte da história, o Aranha cuidava de sua vida quando se depara com o vilão pela enésima vez, fazendo até piadas com o tédio que estavam suas lutas, que caíam na rotina. Kraven joga uma rede nele e o prende. Mas inesperadamente, enquanto Peter pensava num jeito de se soltar, O Caçador aponta uma espingarda e atira. Esta parte da história acaba com o enterro do Aranha no quintal da mansão Kravinoff, lar do inimigo russo.
        Na sequência, Kraven veste o uniforme do Homem-Aranha e sai pela rua com a sensação de ter tomado a vida de seu maior inimigo. Ele vinha delirando e se tornando violento graças a poções alucinógenas que o faziam ver aranhas caminhando pelo seu corpo e afogando-o. O Caçador, vestido de Homem-Aranha, acaba espancando impiedosamente o vilão canibal Ratus, que também tinha problemas de personalidade e instabilidade mental graças a traumas pelos quais passou*. Ratus associa toda a violência à imagem do Aranha, graças à roupa. Enquanto isso, O Homem-Aranha desperta enterrado vivo depois de vários dias e luta para conseguir se libertar. Havia sido drogado com uma arma tranquilizante especial.

 

          Parte final – Peter Parker volta para sua esposa Mary Jane e, indignado por Kraven ter destruído parte de sua vida e ainda denegrido a imagem do herói, sai à caça do vilão. Mas se depara com Ratus também querendo vingança. Eles se enfrentam. Ratus foge, e Kraven não quer lutar pois para ele, já venceu por ter tomado a vida do Homem-Aranha. Peter sai à procura de Ratus, e ao ficar sozinho, Kraven pega uma espingarda (de verdade) e atira na própria cabeça!
           Assim termina a minissérie, que reconta um pouco da história da decadência da família Kravinoff, e traz citações ao poema Tigre Tigre, de William Blake, substituindo a figura do tigre pela da aranha, falando da “perfeita simetria” de sua teia.
           A Última Caçada de Kraven traria várias implicações psicológicas aos (sobreviventes) envolvidos, que foram mostradas numa outra saga do Homem-Aranha, já comentada neste blog (Quadrinhos e abuso sexual*). O Caçador é um dos poucos personagens da Marvel que não retornou dos mortos (também, pudera!), embora outros Kravens tenham surgido, como os filhos do original.