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28 de fev. de 2012

Homem-Aranha e Seus Incríveis Amigos

       Hoje não falo de gibis, especificamente, mas relembro um dos desenhos que eu mais gostava quando era criança, que dá o título desta postagem. Andei assistindo os 24 episódios do clássico desenho de 1983, onde o aracnídeo trabalha junto com o Homem de Gelo (ou Homem Gelo) dos X-Men e Flama (na antiga dublagem acho que era Estrela de Fogo – que é o nome original). Claro que nas aventuras do trio, pela época, há muita ingenuidade e situações vexatórias. A heroína Flama, com seus poderes de fogo, foi criada primeiramente neste desenho e depois foi aparecer nos quadrinhos da Marvel, na equipe dos Novos Guerreiros. Na animação ela é a cara da Mary Jane, namorada de Parker nos gibis da época.
      Em episódios de mais ou menos 25 minutos, o trio enfrenta inimigos clássicos do Aranha como o Duende Verde, Kraven O Caçador, Mistério, Rei do Crime, Homem-Areia e também inimigos de outros heróis da Marvel, como o Dr. Destino (do Quarteto), o Fanático e Magneto (dos X-Men), Caveira Vermelha (Capitão América). Foi criado para a série o ridículo Videoman.

Muitos heróis também fazem suas participações – na maioria das vezes inúteis, já que o Aranha resolvia tudo: Capitão América, Hulk, Thor, Dr. Estranho, Namor e uma aparição-relâmpago do Homem de Ferro. Destaque para o primeiro espisódio, onde os personagens vão a uma festa a fantasia onde todo mundo está vestido de herói. Aparecem várias figuras da Marvel dançando, hehe.
     Na série, Peter Parker e a Tia May alugam quartos para Bobby Drake e Angelica Jones, identidade dos amigos do Aranha. No quarto, ao moverem uma estátua, os móveis giram e o laboratório deles aparece, com passagem secreta e tudo. Ah, e ainda tem a participação da cadela Senhora Leoa.


O interessante desta série são as piadas que Bobby e Peter fazem, sempre provocando um ao outro e sempre dando em cima de Angélica. Eles são amigos mas disputam o coração da heroína, formando um triângulo amoroso. Ela sempre trata bem os dois, não demonstrando preferência, e sempre comenta sobre suas saídas com outros caras. Dois romances inclusive aparecem na série, um ex que agora virou uma ameaça e ela “fica” com o herói japonês Fogo Solar. Num certo episódio o Homem de Gelo chega a dizer pro Homem-Aranha algo como: Você gosta muito dela, né? É, eu também, mas fogo com gelo não combina. Por que você não fala pra ela? O Aranha responde: Porque se ela disser não, adeus Amigos do Aranha. E essas discussões aconteciam sempre enquanto lutavam ou se preparavam pra ir atrás do inimigo.
       Além disso, ao entrar em ação, Flama e Homem de Gelo se transformavam rapidamente enquanto o Aranha demorava mais, tendo que trocar de roupa, o que era engraçado. A dublagem antiga foi alterada, colocaram no Homem-Aranha a voz do desenho dos anos 90. Não lembro das vozes antigas, mas a de Bobby está muito engraçada agora. Eles está sempre falando bobagem e às vezes chega admitir que fala demais ou que não foi feliz com sua piada.





     Não lembro bem o ano nem o programa em que passava esse desenho na Globo. Bem que podia passar de novo, a criançada ia se divertir muito e sair gritando como os heróis: Amigos do Aranha, vamos nessa!

23 de fev. de 2012

ESPAÇO GIBIBLIOTECA

        Um espaço para leitura e empréstimo de livros e revistas em quadrinhos. Localizado na Rua Marechal Deodoro nº 1189, em Santa Vitória do Palmar-RS. A princípio estará aberto apenas aos sábados. Compareça, prestigie. Faça seu cadastro e boa leitura! No youtube: http://www.youtube.com/watch?v=OMAQJc-Wkr0









           Edições raras, super-heróis, mangás, turma da Mônica, Disney, livros infantis, Tex, títulos diversos... tudo para compartilhar com quem gosta de ler!


19 de fev. de 2012

Diversidade

      Algumas edições diversificadas que fazem parte do acervo do Projeto Gibiblioteca, que trará novidades em breve:

      Alfarrabista 1 - Revista produzida em Pelotas-RS, com ótimas histórias, destaque para a que ilustra a capa, que homenageia os artistas de rua. Embora seja a mais curta, considero a melhor.



      Pantera 4 - aventuras de detetive, quadrinhos (mexicanos acredito) bem legais. Tem até uma série de TV do personagem. De Daniel Muñoz e Jorge Ponce.



     
      Raio Negro 1 - com as primeiras histórias de um dos maiores super-heróis nacionais, baseado no Lanterna Verde e com visual de Ciclope dos X-Men. Criado nos anos 60: Roberto Sales, um tenente da Força Aérea Brasileira, foi escolhido pelos militares para ser o primeiro astronauta do Brasil. Ele decola o seu foguete Santos Dumont 1 e recebe um pedido de socorro telepático do moribundo E.T. Lid, de Saturno. Como forma de agradecimento pela ajuda, ele dá de presente pro militar o poderoso anel de energia negra antes de morrer. Quando Roberto volta pra Terra, ele usa secretamente seus incríveis poderes para salvar os fracos e oprimidos. Bônus: aventuras do Homem-Lua (!). Personagens do Ítalo-brasileiro Gedeone Malagola.



     Lady Death - da editora americana Top Cow, com arte do brasileiro Mike Deodato. Minissérie em 2 edições. Existe um longa animado da personagem, que conta a história que precede essas edições, vale a pena conferir.

10 de fev. de 2012

Muito loucos!

      O acervo Gibiblioteca conta com uma edição muito legal, pra quem curtia o desenho na Mtv nos anos 90 (e agora estão de volta!), essa dupla de caras... hã... como dizer... idiotas!



       É o Almanacão Beavis e Butt-Head nº 1, lançado pela editora Escala já há um bom tempo, e produzido pela Marvel, com homenagens a alguns heróis.
       Como dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras, pra terem uma noção do que é o gibi, escolhi a imagem abaixo:


3 de fev. de 2012

O Deus do Trovão...

 ...em algumas imagens legais:

Visual clássico (anos 60)





Anos 80-90
Trovejante (Eric Masterson), uma variação do herói


                A Edição 5 da saudosa GHM, de 1984, trazia curiosidades sobre o personagem, texto sobre a cultura nórdica e histórias muito boas, que mostravam a mãe de Thor, Gaia, seu nascimento outros momentos que os fãs não conheciam da vida do herói. E uma viagem no tempo leva Thor a encontrar Conan, um episódio de "O que aconteceria se...". Nota 10! A capa foi produzida no Brasil.


                Uma piadinha pra fechar o post:





30 de jan. de 2012

Transformações na Turma da Mônica

30 de Janeiro - Dia do Quadrinho Nacional


    Não vou falar da Turma da Mônica Jovem, não, embora seja bem legal. Falo do universo tradicional mesmo. Aí está a palavra: tradicional! Acho que os leitores nostálgicos são aqueles muito observadores, ou seja, são fãs de quadrinhos pra valer! O leitor comum e ocasional não percebe as transformações.




    Bom, eu mesmo já tinha reparado, mas estava lendo no site salivagasta.org o texto (bastante desbocado) de Cauê Madeira “Cansei da Turma da Mônica” e concordo com ele em vários pontos, embora discorde de suas conclusões.

    Bom, as transformações a que nos referimos (eu e ele) são referentes à qualidade dos roteiros, e pra mim até dos desenhos que, não sei se por um aspecto nostálgico, considero inferiores aos antigos, da época da Editora Abril. Isso também pode se dar devido à repetição dos temas, coisa impossível de não ocorrer, pois os personagens se mantém com 7 anos há décadas fazendo as mesmas molecagens e mantendo suas características. Talvez até o final dos anos 90 o problema fosse mesmo falta de criatividade (ver o P.S.) ou liberdade criativa, pois o Mauricio controla mesmo seus personagens e padroniza a coisa. Tudo bem, a empresa é dele mesmo!
    Concordo que gostaria de conhecer os nomes dos criadores das histórias, que diferente de outros gibis, não são creditados. Até porque nas histórias atuais têm aparecido bastante uma diferença de estilos e alguns desenhistas e roteiristas muito loucos têm feito historinhas muito engraçadas, com um toque nonsense e sarcástico, com um toque de humor pros fãs mais velhos e caretas impagáveis dos personagens! Citações a absurdos como o “Pônei cor-de-marmelo” sonhado pelo Cascão são um exemplo.


Como é o nome dele mesmo? Hehe brincadeira... é o Xaveco!

    Para os professores, tem histórias ótimas para trabalhar a metalinguagem, pois o que tem aparecido de personagens secundários reclamando por mais espaço nas histórias, não está no gibi. Ou melhor, está sim! Exemplo: A Denise (que agora ganhou traço permanente) e o Xaveco (sempre zoado pela condição de secundário) e sua irmã Xabéu (agora filhos de pais divorciados). E tem os seminovos como Marina, Nimbus e Do Contra.
    Outra que tomou forma foi a Carminha Frufru. E tem os eternos Reinaldinho, Fabinho, Tonhão da rua de cima e os heróis da turma: Capitão Pitoco e ursinho Bilu. Mas estou saindo do assunto, né?

    Incomoda um pouco o aspecto do “politicamente correto”, onde acho que exageram. Nas histórias atuais, os meninos não escrevem mais nos muros os desaforos para a Mônica, apenas colam papéis. O Cascão não brinca mais no lixão nem toma banho de lama. E o Chico Bento não pode mais caçar e nem segurar sua espingarda de sal (essa até passa).
    Mas se formos considerar essas coisas, o Cebolinha e os outros não vão poder mais xingar a Mônica: baixinha, dentuça, gorducha. E o preconceito como fica?  
    Também questiono a implicância com a Mônica, que chega a ser complexada com o peso (e é do mesmo tamanho dos outros personagens). Não estamos colaborando com uma geração de leitores anoréxicos?
    Que bobagem! É que na verdade é pura birra, provocação, brincadeira.
    Ainda do texto citado: "Outro dia fui ler uma historinha em que o  Cascão constrói um barco e enquanto os outros meninos traziam a madeira necessária o Cebolinha avisava: “é madeira de reflorestamento”. QUEM QUER SABER? F***-se se é madeira de reflorestamento ou se derrubaram onze árvores recém-brotadas no bairro. Não importa. É ficção, é molecagem."

    Quando essas frases comprometidas começam a influenciar na qualidade da história, concordo, é um saco! Mas acho que falo isso pela falta de paciência que adquiri depois de leitor formado e adulto, hehe.

    Imagino se os gibis fossem publicados na Coreia do Norte...

    Nos termos de cidadania também a criação de personagens chega a ser forçada. Dorinha, a  cega, Luca, o cadeirante, que protagonizam histórias ruins de doer. Só vale a intenção mesmo de inclusão e conscientização. Só queria que valorizassem mais o Humberto que já dá campo pra muita história boa e não é aproveitado. De centenas de gibis que tenho, li umas 5 ou 6 proveitosas. E apenas 1 ou 2 que falava da linguagem de sinais.


Luca



    Como disse o rapaz no site, o problema é que isso parece criar uma obrigação de agradar a cada elemento da sociedade: “Quero ver um personagem soropositivo, quero ver um personagem adotado, quero ver uma criança com câncer, quero ver um viciado em crack, quero ver um que é molestado pelo tio.”

    Exageros à parte, como professor acredito que as tentavivas têm sido válidas de atingir um público mais humano e que aceite as diferenças, só tem que caprichar um pouco mais nos roteiros em si e deixar a vida nos quadrinhos ser mais “natural”.


Humberto

    Apesar de tudo, continuo adorando a Turma da Mônica.

    E minha filha não me deixa mais ler. Eu pego um gibi e lá vem ela: “Pai, conta uma tólia pa mim?” – ainda bem!


   P.S.: Mas já li muita história fraca (pra dizer o mínimo), como a do Cascão que termina no nada falando da bola de capotão, sem final, sem piada, sem sentido. Meu amigo Daniel Sanes lembra bem.

26 de jan. de 2012

Sensibilidade e Corações Negros

Ann Nocenti. Este é o nome da criadora de histórias memoráveis do Demolidor, publicadas nos anos 90 na revista Superaventuras Marvel. Com desenhos do ótimo John Romita Jr., vemos a origem do filho do demônio Mefisto, Coração Negro, que mais tarde tentaria destronar o pai.






As histórias têm temas bastante filosóficos e profundos, por vezes em cenários abstratos, como quando o herói cego, juntamente com alguns companheiros de aventuras (incluindo a filha de um fazendeiro inescrupuloso, uma mulher modificada geneticamente para ser perfeita e dois inumanos) vai parar no inferno, confrontando tentações, medos e ficando no limiar da insanidade, com se viu em histórias posteriores.
Destaque para as edições 138 e 139 de SAM, o clímax do texto, onde todos os personagens passam por testes perpetrados pelo demônio, que acaba traído por seu filho e confronta, por fim, o Surfista Prateado. Só mesmo lendo para ver a maravilha que é a sensibilidade do texto da autora. Marcou minha adolescência e ainda mexe com minha cabeça ao ler pérolas como as interpretações no contexto da história para ditados como: “o céu sabe quem você é”, “cuidado para não afugentar um anjo à sua porta”, ou quando os anjos com chifres e demônios de auréola falam de elitistas e dos cavaleiros Lancelot e Galahad.
É puro deleite literário. Recomendo!



E uma edição com o mesmo desenhista, mas com Howard Mackie no argumento e que trouxe novamente o filho de Mefisto, agora enfrentando outros heróis é Motoqueiro Fantasma/Wolverine/Justiceiro – Corações Negros. Os anti-heróis da Marvel são convocados a uma cidade do interior e acabam indo ao inferno para salvar uma menina raptada por Coração Negro (que foi totalmente descaracterizado no filme do Motoqueiro Fantasma). Bastante ação e um roteiro mediano, mas é válido pelos bons personagens e o encontro inusitado deles. Nos EUA teve uma continuação, nunca lançada por aqui.




18 de jan. de 2012

Coringa

    


     Um dos maiores vilões das histórias em quadrinhos, o Coringa foi inspirado no personagem do filme "O Homem que Ri", de 1928, que foi desfigurado e tinha o rosto sempre simulando um sorriso enorme, mesmo quando triste.



     Ele é um psicótico, um maníaco, e muitos discutem o porquê de seu inimigo Batman não acabar com sua vida, mesmo sabendo que ele causará a morte de muitos em suas ações. A discussão esbarra em ética, princípios de moralidade e até lógica, vale a pena dar uma olhada na internet.
   No cinema, o inimigo do morcego já foi interpretado por vários atores, como Cesar Romero (que usava bigode por baixo da maquiagem);



Jack Nicholson, no filme de 1989;



  E Heath Ledger, numa fantástica (e infelizmente única) interpretação em O Cavaleiro das Trevas.


 
Releitura do quadro "O Grito" de Edvard Munch
    
 
     Nos gibis destaca-se a história Batman - A Piada Mortal, de Alan Moore, onde o Coringa comete um ato de violência extrema contra a filha do Comissario Gordon (a Batgirl) para provar que qualquer pessoa está a apenas um passo da insanidade.