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14 de abr. de 2013

Ciência dos Heróis (9) - Homem-Aranha


    Subir pelas paredes - De acordo o biólogo Paulo Goldoni, especialista em artrópodes, as aranhas conseguem subir pelas paredes graças a pelos especiais – cada perna tem um tufo de pelos na ponta, e cada pelo tem em sua extremidade uma espécie de "pé" microscópico que pode se agarrar a minúsculas saliências até mesmo de superfície muito lisas.






         A produção de teia se dá dentro de glândulas de seda, encontradas no abdômen das aranhas. A teia é eliminada em forma líquida e em contato com o ar, se solidifica.
Nos gibis o personagem criou um composto que é disparado por um aparelho, para ter a função da teia. 



      "Porém, o mais interessante sobre as teias de aranha é o seu poder de resistência e elasticidade. Pesquisas constataram que esses fios, em seu próprio diâmetro, são cinco vezes mais fortes que os de aço. Ainda, eles podem ser esticados até quatro vezes o seu comprimento sem se partir. Alguns estudos descobriram que essas teias poderiam servir para a confecção de coletes à prova de balas, na fabricação de pára-choques, em possíveis remédios farmacêuticos, em equipamentos esportivos, além de criar tendões, ligamentos e membros artificiais. 
     A dificuldade está em como obter uma grande quantidade desse fio para utilizá-lo em larga escala.  De acordo com a revista Superinteressante, especialistas acreditam que, se a teia da aranha Parasteatoda tepidariorumdessa (considerada a mais forte de todas) tivesse os fios com a mesma espessura de um lápis, ela seria capaz de parar um Boeing 747 em pleno voo." - fonte: http://canalazultv.ig.com.br/redeambiente/novidade.asp?id_CON=281



Charge de Fernando Gonsales
 

13 de abr. de 2013

Super-heróis gays? Sim, e daí?

    O tema é polêmico. Pelo menos nos Estados Unidos houve manifestações de mães preocupadas com o "incentivo" que os quadrinhos teriam nos filhos quanto à orientação sexual. Considero louvável preocupar-se com o conteúdo a que os jovens estejam vulneráveis, seja em gibis, videogames e internet em geral. Mas é preciso conhecer para criticar. E não ser hipócrita e retrógrado.

    Nos anos 90 vi pela primeira vez, nas histórias do Incrível Hulk um personagem se assumir gay, o que gerava discussões com seus colegas de equipe. Era Heitor, membro do grupo Panteão, com personagens baseados n'A Ilíada (clássico poema épico grego), comandado pelo Hulk (nessa fase com a mentalidade de Bruce Banner, seu genial alter ego). Vejam:


      O que eu gostei dessa HQ é que a editora e o autor agiram com responsabilidade, colocando no diálogo discussões comuns e possíveis no dia a dia, não usando estereótipos (a não ser pelo bigodinho e rosto de Freddie Mercury, hehe - só reparei agora). E embora o personagem Ulisses não gostasse da opção do amigo, eles conviviam muito bem!
       Em outra história da época, o tema também foi citado pelo escritor Peter David, mostrando o preconceito na voz de um pai preocupado com o filho, que estava frequentando uma escola onde um aluno tinha AIDS:

      
Vejam o que o homem diz: AIDS é coisa de gay! Isso sim é preconceito!

(clique na imagem para ampliar)


    Já em gibis mais recentes, temos vários personagens assumidos, como a Batwoman, os adolescentes Wiccano e Hulkling (da série Jovens Vingadores), o polêmico reformulamento do Lanterna Verde dos anos 50 Alan Scott, até mesmo os durões Juiz Dredd e ainda Wolverine Hércules já protagonizaram beijos em histórias que se passam em universos paralelos. 

Alan Scott


Batwoman

      Sinceramente não gosto que mexam em personagens pré-estabelecidos, mas isso é outra questão, até mesmo porque muitas vezes são estratégias de marketing.

Wiccano e Hulkling


       No Brasil, houve uma história (que não li) da personagem Tina, da turma da Mônica, que toca sutilmente no assunto, como encontrado no blog http://www.mundohq.com.br: "Tina se encontra com um amigo que não via há tempos em uma lanchonete: os dois conversam animadamente, juntinhos, dando as mãos, sem nenhum tipo de atração ou tensão sexual entre ambos. Quando o namorado ciumento da moça chega ela explica que “o Caio é como um irmão” e ele, por sua vez, diz ser comprometido e pergunta a  outro rapaz que chega acompanhando Zecão se não é verdade. O rapaz confirma e ambos saem de cena juntos. Tina acusa Miguel (o namorado dela) de preconceituoso e Miguel e ele pede desculpas dizendo que não sabia que Caio era... e antes de a frase ser completada Tina explica que se refere a preconceito com ela, insinuando que Miguel a vê como uma moça que trairia facilmente o namorado. Como se vê, uma história elegante, até com certa possibilidade de interpretações duplas".


Estranhos no Paraíso é uma ótima série que toca no assunto.



      














    Há ainda vários outros personagens, como Rocky & Hudson de Adão Iturrusgarai, e até alguns dos X-Men, como o Colossus do universo Ultimate, e o canadense Estrela Polar, cujo casamento está na capa da revista X-Men Extra 136.1 deste mês. Cada autor trata o assunto de um modo, cabe ao leitor conhecer e pensar como vai reagir.



      

     Sou contra uma ideologia que estimule qualquer tipo de sexualidade exacerbada, sou contra a promiscuidade seja de qualquer pessoa de qualquer orientação sexual, sou a favor do amor, da felicidade do ser humano e também de uma sociedade onde todos convivam em paz, respeitando-se mutuamente, sem hipocrisia. 

       Atualmente muitos clamam direitos atacando os outros e só vendo o seu lado da história, e isso considero perigoso. Eu só vejo pessoas discutindo, algumas mais exaltadas. Polêmicas e crenças pessoais à parte, considero interessante que os quadrinhos, como literatura e mídia formadora de opinião, falem do assunto e mostrem que, como na vida real, as pessoas apresentam diversidade em várias facetas de seu modo de ser. E temos de aprender a conviver com isso, pois sempre houve homossexuais, e sempre haverá. Esta é minha opinião. E a sua?
 
    

8 de abr. de 2013

Gibiblioteca: Mais Educação

    Este ano o projeto Gibiblioteca está funcionando vinculado às atividades do Programa Mais Educação da Escola Getúlio Vargas, atendendo duas turmas de alunos, aproximadamente em número de 25 crianças e adolescentes.






  Em minhas aulas os alunos participam de atividades de Língua Portuguesa, pintura, brincadeiras, mas o foco é mesmo a leitura, tato de histórias em quadrinhos como outros tipos de publicações.







  

Hoje, dia 8 de Abril de 2013, os alunos responderam um questionário sobre o hábito da leitura, que fará parte de uma pesquisa que pretendo realizar integrada ao meu trabalho de conclusão de curso (TCC) da Especialização em Mídias na Educação, da Furg, que atualmente estou cursando. Pretendo também aplicar o questionário na turma da 8ª série da modalidade EJA. Publicarei aqui minhas conclusões.




Questionário:

Nome: ________________ Idade: ______ Série: _______

Gosta de ler? (  ) Sim  (  ) Não Por quê? _______________________________
_______________________________________________________________

Qual sua atividade favorita? (  ) Ler  (  ) Música  (  ) Televisão  (  ) Outra  

Especifique _____________________________________________________
_______________________________________________________________

Num trabalho de leitura, marque dois gêneros/assuntos que mais lhe interessam:

(  ) Notícias   (  ) Ciência/Tecnologia   (  ) Humor  (  ) Romance  (  ) Moda  (  ) Política 
(  ) Terror/Suspense  (  ) Problemas do dia a dia   (  ) Ecologia  (  ) Saúde   (  ) Educação 
(  ) Economia  (  ) Psicologia  (  ) Curiosidades   (  ) Lazer   (  ) Cinema e TV  (  ) Ficção
 (  ) Direitos/Cidadania  (  ) Mercado de trabalho  (  ) Preconceito/problemas sociais  
(  ) Outros: _________________________________________________________

4 de abr. de 2013

Dica aos Professores - Aya e a África

    Hoje tive uma reunião com colegas professores de Língua Portuguesa da rede municipal de Santa Vitória do Palmar, e sob a orientação de nossas supervisoras, minhas amigas Síglia e Rosimeri, foi falado do trabalho a ser desenvolvido durante o ano letivo, prerrogativa da Lei nº 10.639/2003, que fala do ensino de cultura Afro nas escolas.



    Por isso lembrei de uma edição lida no ano passado, que as escolas possuem em seu acervo: Aya de  Yopougon, de Marguerite Abouet. A história é biográfica e traz a vida de adolescentes na Costa do Marfim nos anos 70.
    Mas não espere ver aqui a imagem da África que estamos acostumados, fome, miséria e abandono. Temos histórias de uma vida simples, mas não diferente de qualquer cidade do mundo, com crianças e adultos em relações famiilares, de amizade, namoro, ganância, dramas da juventude, igualzinha à história que cada um de nós passa, passou ou passará: "Mas, graças ao traço solto e colorido de Clément Oubrerie, sempre com cores vibrantes, tudo pende mais para o cômico do que para a tragédia. Aya conseguiu o Prêmio de Melhor álbum de estreia no Festival Internacional de HQ de Angoulême em 2006" (http://napauta-to.blogspot.com.br/2011/06/quadrinhos-aya-de-yopougon-de.html).



     Uma dica para o colegas professores e qualquer um que se interesse por uma história humana e de qualidade. O material da edição é de primeira também.
        Curiosidade: durante a leitura conhecemos um pouco da manipulação da mídia. Sendo a cerveja da Costa do marfim o orgulho nacional e numa época em que a informação vinha toda da televisão, a personagem conta como era o comercial de cerveja, vendida como um elixir fortificante que faz bem à saúde.Vale a pena ler, é interessante!

    Outra edição que mostra a àfrica, mas numa visão diferente (foi feita da Europa) é a Graphic Novel Wallaye!, lançada nos anos 90 no Brasil e difícil de conseguir. Aqui os personagens são trambiqueiros e ladrões num ambiente de pobreza e vida regada a exageros e abandono. Fiquei anos pensando em ler a edição,  e quando consegui, me decepcionei um pouco.


27 de mar. de 2013

Quadrinhos e Abuso Sexual

     Esta será é a 3ª vez que publico este texto, agora atualizado e com mais figuras retiradas diretamente do gibi. A história mostrada na revista Homem-Aranha Anual 5, publicada pela Editora Abril em fevereiro de 1995, mostra personagens perturbados, como Peter Parker, que algum tempo atrás havia sido enterrado vivo por Kraven O Caçador, e Harry Osborn, filho do primeiro Duende Verde que depois assumiu a identidade do vilão, para posteriormente perder a memória destes fatos. 

     E também temos Ratus, na verdade Edward Wheelan, que foi vítima de experiências do nazista Barão Zemo que o transformaram num monstro inumano e canibal de mente frágil e instável.




    Neste “singelo” gibi podemos ver Harry Osborn ser atormentado pelo fantasma do pai, Norman, que o humilha como sempre fez em sua juventude, influenciando-o a ser novamente o Duende Verde, culpando o Homem-Aranha por todos os problemas em sua vida. Harry quase bate no filho em meio ao surto psicótico, e acaba abandonando a família em busca de vingança.

     O Homem-Aranha enfrenta o trauma de sua pseudo-morte e dos decorrentes sentimentos injustificados de culpa pela morte de seus pais, comum em órfãos, como explica a Dra. Ashley Kafka.

     
   Já o personagem Ratus vai se revelando aos poucos na história, através de quadrinhos quase expressionistas que representam gravações em vídeo feitas em sua cela no instituto psiquiátrico. Em sua relação com a Doutora, ele relembra a “coisa ruim”, que na verdade era o abuso sexual que sofria do próprio pai, um Juiz de Direito de posição social elevada.





    Além deste fato surpreendente nesta história em quadrinhos, ficamos sabendo que a mãe de Ratus sabia o que acontecia e nada fazia, ele culpa a mãe por não tê-lo protegido. O vilão tenta matar o pai, mas não consegue, pois seus sentimentos familiares são confusos. Depois do ataque frustrado, o Juiz fica assistindo a vídeos antigos onde brincava com seu filho ainda pequeno, e se desespera chorando com remorso - são páginas emocionantes. Ratus, com tratamento, começa a assumir novamente, mesmo que brevemente, a forma humana, mas teria que percorrer um longo caminho para lidar com seus traumas.










     Todos os personagens lidam com a questão da família. Todos passam por sentimentos conflitantes. Harry não sabe se Peter é o melhor amigo ou o pior inimigo. Peter não sabe se quer espancar e punir Ratus ou ajudá-lo. Ratus não sabe se ama ou odeia seus pais.



      Esta edição se revela uma obra séria e reveladora da condição humana de fragilidade e impotência diante de questões que vão desde a complicada relação com os pais até coisas inerentes ao ser humano como a violência e instintos incontroláveis. Mostra que existem coisas boas e ruins dentro de todos nós, e também que não devemos julgar pela aparência e sem conhecer os fatos
.      Destaque para os desenhos de Sal Buscema, que de maneira excepcional demonstram emoções fortes como surpresa, medo, alívio e fúria, e , claro, parabéns ao argumentista J.M. De Matteis pela ousadia. O tema não chega a ser uma novidade em histórias em quadrinhos, mas foi tratado com dignidade, sem apelação, sem deixar de lado a aventura, e acrescentando mais maturidade ao personagem mais famoso da Marvel.
         Pena que esse tipo de história não seja apenas ficção.
     

        "Nem toda violência deixa cicatrizes."


  Eu cheguei certa vez a me desfazer desta revista, mas logo acabei comprando outra cópia.

24 de mar. de 2013

Marvel + Aventura

A revista custa apenas R$ 1,99 e este mês, como estou sem tempo de ler devido ao trabalho e estudos, faço minhas as palavras do amigo Leandro Vargas e copio descaradamente sua postagem do blog Olhos Estranhos:

"A mais recente edição da revista "Marvel + Aventura" trouxe uma interessante aventura do Homem-Aranha, publicada originalmente em "Spectacular Spider-Man" 14, de julho de 2004. Escrita por Paul Jenkins e belamente ilustrada por Paolo Rivera, a história mostra um confronto do herói contra o vampiro Morbius pelo ponto de vista de Joey Beal, um jovem que sofre de paralisia cerebral, é fã do Aranha e costuma acompanhar os "voos" do aracnídeo do telhado de seu prédio.








O clima depressivo criado pelos autores chega ao seu auge nas 3 páginas finais, que apresentam Joey dando uma visão bem diferente do que é costumeiramente mostrado em relação ao Homem-Aranha. As palavras "ditas" por Joey fazem pensar, e relembram aos leitores de modo cruel e genial o quão pesado é o fardo carregado pelo Amigão da Vizinhança.

Dá para sentir na pele todo o peso das grandes responsabilidades do herói piadista que todos adoram, e que faz sucesso por ser um dos personagens mais humanos das HQs. Nunca tinha lido esta poética história, então a Panini acertou em cheio em resgatá-la!"

6 de mar. de 2013

Para as Mulheres-Maravilha (Ciência dos Heróis 8)


MULHER-MARAVILHA

     Criada nos anos 1940 por William Moulton Marston, psicólogo inventor do polígrafo  (detector de mentiras), que tinha  a mesma função do laço mágico da heróína.

Nos quadrinhos quem fica preso no laço mágico da Mulher-Maravilha não consegue mentir.

        Na vida real, o polígrafo analisa as batidas do coração para analisar se a pessoa está ou não mentindo. Mas o resultado não é 100% confiável.
       A heróína, em seu primeiros anos, não era tão erotizada, mas sempre representou a força das mulheres, se libertando metaforicamente das correntes ideológicas que limitavam os direitos femininos.




        Suas histórias são baseadas na mitologia grega, ela não tem pai (representando que as mulheres não precisam dos homens) e vem de uma raça de guerreiras amazonas. 
        
      Nos anos 70 ganhou um famoso seriado de tv estrelado por Linda Carter, e sempre foi um membro ativo da Liga da Justiça.


       Pelo dia da mulher, viva a Mulher-Maravilha!!