QUARTETO FANTÁSTICO E O SURFISTA PRATEADO
Pra mim, que sou fã do Surfista, só de vê-lo encarnado num
filme já é uma realização! O primeiro filme do Quarteto, como todas as
adaptações para o cinema com personagens da Marvel até agora, sofrem
modificações para encaixar no orçamento, no roteiro, deixar mais realista, etc.
Uns com muito poucas alterações, como Demolidor e Motoqueiro Fantasma; e
outros, bastante modificados. Exemplos:
·
Homem-Aranha (2001) – aranha geneticamente
modificada e não contaminada com radiação; teia saindo do corpo e não dos
lançadores automáticos; uniforme do Duende Verde,...
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X-Men (2000)– a ausência de máscaras e
uniformes coloridos (ainda bem),...
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Hulk (2003)– nesse, tudo foi alterado, o seriado era melhor adaptado.
No primeiro filme do Quarteto Fantástico, temos cinco, e
não quatro viajantes ao espaço modificados pela radiação cósmica, o que nos leva a conhecer desde o
princípio o rosto do Doutor Destino, um grande mistério dos quadrinhos, tudo
para economizar uma origem. Desde o começo se sabia que seria um filme leve,
bem família, só não engulo muito bem o ator que interpreta o Senhor Fantástico
e as lentes azuis bem visíveis e o loiro falsificado no cabelo da Mulher Invisível.
Já o Coisa e o Tocha estão muito bem, embora eu preferisse um Coisa maior. Além
do DVD duplo, comprei a versão estendida do filme também, com 20 minutos a mais
do filme, com cenas inéditas bem legais. Aliás, esse é um novo negócio que
inventaram para tirar dinheiro dos fãs. Lançam o DVD duplo com extras (na
maioria vídeos de produção, pós produção, bem chatos) e algumas cenas inéditas.
Depois lançam a versão do diretor ou versão estendida com mais cenas inéditas.
Neste segundo filme, embora o clima pese um pouco mais, o
humor segue lá, e temos novamente o rosto de Destino aparecendo demais, mas em
compensação temos o enigmático e visualmente incrível SURFISTA PRATEADO.
Galactus é mostrado como uma gigantesca nuvem de detritos
no espaço, apenas a sombra do que seria seu capacete nos quadrinhos aparece
sobre o planeta Saturno, e no final, mal dá pra discernir um rosto em meio ao
fogo que se aproxima do Surfista.
O final da batalha do Surfista com Galactus também ficou
meio confuso, sem explicações sobre o que ocorreu realmente. Destruição?
Evaporação? Teleporte? Compartimentação num universo subatômico?
O único “problema” sério com o roteiro que aceito que
reclamem é que o Surfista fica indefeso, sem meios de reação nas mãos de meros
soldados humanos. A história de a energia cósmica que o sustenta vir da prancha
dói na alma dos fãs. Fora isso, temos bastante aventura, e a compaixão do
Surfista, a menção discreta a Zenn-La e Shalla Bal já me fizeram feliz. Mesmo
porque, como fã, estou acostumado com migalhas relacionadas ao meu personagem
favorito.
Ah, pra quem assistir ao filme, alguns segundos após o fim
do filme há uma pequena cena adicional, que mostra que o Surfista não morreu,
como muitos pensaram.
“Talvez o sabor do perigo seja o que falta
para voltarmos a ser os homens que nossos antepassados foram.” – NORRIN RADD, em
Silver Surfer 1 ou Heróis da TV 4.
“Tantas vezes no passado eles me julgaram uma
ameaça cruel. No entanto, nunca deixarei de tentar uni-los.” – SURFISTA
PRATEADO, em Silver Surfer 2 ou Marvel Especial 5.