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24 de jan. de 2013

Feira do Livro da Praia do Hermenegildo

    O Projeto Gibiblioteca esteve presente na Feira do Livro da Praia do Hermenegildo nos dias 25, 26 e 27 de janeiro de 2013. Gibis diversos, espaço de leitura e muitos frequentadores, veranistas de outras cidades e inclusive do Uruguai, com quem fiz amizade e troquei ideias!!

FOTO: RICARDO (CONEXAOSUL.NET)
                                           



    Obrigado a quem se fez presente no evento!

21 de jan. de 2013

Quadrinhos e as causas sociais

     Lendo a edição Grandes Clássicos DC - Lanterna Verde & Arqueiro Verde Vol. 1, resolvi comentar a edição que é magistralmente escrita por Dennis O'Neil e desenhada por Neal Adams, autores que nos anos 70 resolveram aproveitar a oportunidade dada pelo editor Julius Schwartz e publicar pela DC Comics histórias que tratavam de temas sociais relevantes para a época (e ainda hoje). O autor sempre foi um ativista social e quis nas histórias, em meio às aventuras, colocar um pouco de sua opinião sobre o retrato das minorias no país (Estados Unidos da América).




    Embora desde os anos 60 Stan Lee já tocasse em temas como violência, ecologia e guerras nas histórias do Surfista Prateado, as histórias deram um novo fôlego aos quadrinhos de super-heróis, considerados desde então um pouco mais seriamente e um modo de atingir e desenvolver um público pensante e crítico. As histórias do lanterna não vendiam bem, então o autor resolveu resgatar o Arqueiro e colocá-lo como um ativista anárquico, revoltado com as autoridades e disposto a atitudes radicais. Nos diálogos com o Lanterna (acostumado a simplesmente obedecer às leis e autoridades institucionais), os dois buscavam uma solução amena, problematizando sem encontrar soluções fáceis para os problemas sociais. A ideia era mesmo trazê-los aos olhos dos leitores.

     Vejam exemplos a seguir:

1) O  Lanterna Verde, que lidava com problemas cósmicos, teve que olhar para o microcosmo dos bairros pobres de seu próprio país.  

    Aqui ele é confrontado com seus valores de justiça e a questão da desigualdade social e racismo:

 
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2) O problema dos índios marginalizados (que também ocorre no Brasil - vide o recente conflito com os Guarani-Kaiowá) é retratado nas histórias em quadrinhos. 
    
    Repare nos quadrinhos a seguir o descontentamento com o governo e a demoara para as soluções - as histórias são muito atuais, como qualquer boa obra literária - no último quadro, o comentário da heroína Canário Negro expressa a escala de valorização de elementos sociais do autor.


Clique para ampliar

 




















     
    No Volume 2 da coleção (que eu não li, mas tenho essa história e posso comentar) aparece a questão das drogas, quando o Arqueiro descobre que seu ex-parceiro de aventuras se tornou viciado. Ele não lida bem com o fato e demora a descobrir como ajudar o garoto, que sofria muito com a vergonha e a dependência, mas principalmente com a falta de compreensão e o preconceito das pessoas próximas a ele. Eram os quadrinhos retratando de maneira nua e crua os problemas da vida real.




   
       

20 de jan. de 2013

O Reino do Amanhã e Odisseia Cósmica

   Li mais dois clássicos da DC Comics que há muito me apeteciam!!
   O Primeiro é considerado uma das melhores histórias em quadrinhos dos anos 90, e interpretaçõs mais profundas revelam uma crítica à própria indústria dos gibis com heróis musculosos e violentos, histórias de ação sem conteúdo, diferente de outras épocas de discursos mais maniqueístas e ingênuos, mas em minha opinião mais recomendável a uma sociedade cada vez mais cínica (ou estou ficando velho). Muito blá blá blá, né?



    Mas o que importa é que temos uma trama legal e os desenhos de Alex Ross, que já dispensam qualquer elemento a mais (desculpem, demais artistas). Num futuro não muito distante, seres superpoderosos não se comportam como heróis, não têm honra nem responsabilidades, e devido a  falta de apoio da humanidade, Superman (aqui mais velho e sombrio) e os demais heróis conhecidos se retiraram.
    Mas para salvar o mundo, ele acaba retornando e inspirando seus colegas da Liga da Justiça, para ensinar os jovens meta-humanos a agirem para com o bem da humanidade. O problema é o que fazer com os que se negam. Mais detalhes estragariam a trama, cheia de detalhes sórdidos e fatos surpreendentes. Um pastor de igreja é levado pelo Espectro (uma divindade cósmica) para ajudá-lo a decidir o destino do mundo. A imagem do pastor foi inspirado no pai do desenhista.

Capitão Marvel tem destaque na trama

   Sinceramente eu esperava mais da história, mas acredito que a decepção seja por causa da grande expectativa depois de tantos anos, mas está longe de ser ruim. Fãs de longa data da DC conseguirão encontrar mais detalhes e referências a personagens diversos (o que não é meu caso). Foi publicado em 4 partes pela Editora Abril e encadernado pela Panini, com páginas a mais.





    A segunda HQ de hoje é Odisseia Cósmica, que por anos eu vi numa banca de usados em Rio Grande e nunca comprava, mas agora li o scan e gostei bastante, com argumento de Jim Starlin (Thanos) e desenhos de Mike Mignola (Hellboy), conta como Darkseid pediu ajuda de vários heróis e do seu inimigo Pai Celestial para tentar obter poder e deter a Entidade Antivida. Com personagens consagrados e outros resgatados do esquecimento (como o Lanterna Verde John Stewart e o Forrageador), a história é bem sóbria, sem grandes exageros e ação competente. Batman, Superman, Estelar, Etrigan,  Órion, e o Caçador de Marte participam, cada um dando seu show de personalidade enquanto o leitor se diverte!





19 de jan. de 2013

5º EQN - Encontro do Quadrinho Nacional - Em Rio Grande

30 de janeiro é o Dia do Quadrinho Nacional, uma referência à primeira história em quadrinhos publicada no Brasil, em 1869: Nhô Quim, do ítalo-brasileiro Angelo Agostini.
Em celebração à data, acontecerá no próximo dia 31 de janeiro, a partir das 20h, na cidade do Rio Grande/RS (no Ponto de Cultura ArtEstação, Balneário Cassino), o 5º EQN - Encontro do Quadrinho Nacional.



Dentre os destaques do evento, Everton Cosme falará sobre quadrinhos de ficção científica; Jayme de Freitas apresentará vídeos baseados nos quadrinhos Homem de Preto, de Emir Ribeiro, e O Ogro, de Julio Shimamoto; Law Tissot lançará o fanzine X-Tro # 7 e conversará sobre grafite e os quadrinhos, ao lado do grafiteiro Diego Franz N3; Lorde Lobo abordará os quadrinhos institucionais como uma possibilidade financeira; e Ricardo Freitas falará sobre seus cartuns.
O evento, destinado a todos os fãs de HQs, será aberto para a comunidade e terá entrada franca.
O EQN tem organização dos quadrinhistas Law Tissot e Lorde Lobo, conta com o apoio do Ponto de Cultura ArtEstação e, neste ano, está integrado à programação da Feira do Livro da Furg.


Fonte: Universo HQ

17 de jan. de 2013

Ciência dos Heróis (6)

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Capitão América


       Steve Rogers era um soldado franzino que tomou o “soro do supersoldado” para ampliar suas capacidades físicas e se tornar o Capitão América.
       Na vida real, existem os esteróides anabolizantes, hormônios que fazem a mesma coisa, mas trazem diversos riscos à saúde e efeitos colaterais.



     Nos gibis, o Capitão América ficou congelado por vários anos até ser revivido pelos Vingadores. A animação suspensa não é invenção dos gibis: consiste na desaceleração da vida por meios externos. O frio extremo pode ser usado para desacelerar as funções de uma pessoa, processo chamado de criogenia
     Apesar de já existirem corpos de pessoas congeladas "aguardando o futuro" onde possam ser curadas, o problema é que ainda não existe tecnologia para reverter o processo de criogenia. O principal problema ao congelar uma pessoa é que a água contida em nosso sangue se expande e pode romper os vasos sanguíneos (assim como uma garrafa cheia estoura se ficar no congelador). Ao descongelar, a pessoa sofreria de hemorragia e morreria.

 

       Com embriões e óvulos fecundados isso já é possível – podem ficar na geladeira por anos e darem origem a bebês. 

 
      O escudo do Capitão América absorve impactos e é muito resistente, feito de materiais que só existem na ficção: Adamantium e Vibranium. Mas de acordo com o engenheiro químico Marcus Seferin, no mundo real, o material mais utilizado para proteção contra tiros, chamas e armas brancas é o Kevlar (fibras de um polímero do tipo poliamida). 


 

15 de jan. de 2013

Clássicos do Superman (ou Super-Homem)!

   Com essa mania de scans, consegui muitas edições que havia lido há muitos anos e outras que nunca havia colocado meus olhos. Como nunca fui de colecionar quadrinhos da DC (mesmo porque a grana não dava pra comprar tudo que gostaria), agradeço à era digital por poder ler alguns especiais e séries so Super-Homem que aqui comentarei:

Super-Homem 100 - embora a capa faça uma bonita propaganda e os desenhos sejam bons, a história tem um ritmo lento para os padrões atuais, com um Superman que se afasta pouco a pouco da humanidade, possuído pela consciência kryptoniana computadorizada chamada Erradicador.




Superman  - O Homem de Aço - encadernado com histórias de John Byrne, quando reformulou o herói da DC dando uma cara de Marvel ao Super em 1986. Eu só tinha ouvido falar da série, mas agora pude novamente constatar a qualidade deste autor e desenhista excepcional.



Super-Homem VS Aliens - em 3 edições, ao tentar salvar uma cidade aparentemente kryptoniana que flutua  no espaço, o Superman, com esperança de encontrar membros de sua raça, acaba ficando preso num ambiente sem luz solar, o que enfraquece seus poderes pouco a pouco. Detalhe: o local está infestado de Aliens. Muito bom! Suspense e ação como nos melhores quadrinhos e filmes.



Superman - A Última Chama - num futuro pós apocalíptico, um Superman sem poderes, tenta sobreviver e ajudar a reconstruir a civilização, com ajuda de alguns poucos sobreviventes, entre eles super-heróis.



Superman/Shazam - O Primeiro Trovão - a história modernizada dos priemiros encontros entre o Super e o Capitão Marvel. Primeiro o Capitão ajuda a combater inimigos com origem na magia, depois é a vez do Capitão receber apoio do Super quando comete um erro que vitima um amigo do menino Billy Batson.



O Incrível Hulk VS Superman - Esse curioso crossover Marvel/DC, com desenhos que não ajudam ao tentar retratar a arte dos anos 1950 e 1960, se passa num universo onde os dois personagens são de um mesmo universo, diferente dos encontros recentes de personagens das editoras rivais. O Super relembra com Lois seus primeiros confrontos com o Hulk. Edição sem muitos atrativos, embora seja um embate sonhado por fãs de quadrinhos há anos. Podia ser beeeeeeeemmm melhor!!



Super-Homem VS Apocalypse - A Revanche - em 3 edições, mostra  um reencontro entre os combatentes depois da morte e retorno do Super. Inadvertidamente revivido por trabalhadores de uma nave transportadora que ia para Apokolips, o Apocalipse arrasa com Darkseid. É conhecida a origem do monstro, que aprende a cada derrota, o que faz o Super-Homem precisar de uma ajudinha da caixa materna (um computador vivo), e de Tempus (um humano compoderes cósmicos e guardião do tempo) para derrotar o inimigo, que é lançado no momento do fim do universo. As capas laminadas eram um espeáculo para os colecionadores...



Super-Homem - O Retorno de Apocalypse - Depois de um evento chamado Zero Hora, que mexeu nas estruturas do tempo e do espaço, o pior inimigo do Super volta, agora com inteligência e aliado a Brainiac. Ele ataca o Super num momento crítico, quando ele levava o filho prematura de sua amiga Lana Lang para um hospital especializado, única chance da criança sobreviver. Ponto pro argumentista Dan Jurgens, que colocou um elemento humano para dar o tom dramático da história, que não fica só no quebra-pau. Vimos aqui questionamentos do Super-Homem, que havia anteriormente falhado em salvar outro menino, Adam, filho de sua colega jornalista Cat Grant.


14 de jan. de 2013

Acabo de ler um clássico!

    Com os scans ficou mais fácil conseguir ler os clássicos. A primeira megassaga da Marvel foi lançada em 1986 junto com uma campanha publicitária que incluía álbum de figurinhas e bonecos. A primeira minissérie da Marvel no Brasil, que saiu com o nome original estampado nas capas: Secret Wars. Sim, falo das polêmicas Guerras Secretas.


   

  Por que polêmicas? Bem, quando foi lançada no Brasil pela primeira vez, a Editora Abril resolveu "mutilar" a história em vez de colocar textos explicativos sobre personagens desconhecidos. O resultado foi que personagens foram apagados da história e até o final foi mudado.
   Bom, mas fora isso, a saga foi publicada outras vezes, no formato original, e em 2008 a edição definitiva, pela Editora Panini, por R$ 49,90 - pudera, tem mais de 300 páginas que valem a pena, a arte competente e o argumento dinâmico e imprevisível fazem jus a cada centavo, principalmente pra quem não conhecia o desenrolar de toda a trama.
    A história? Bem não vou me deter em detalhes, foi uma disputa entre uma equipe de vários super-heróis e super-vilões, escolhidos por uma entidade cósmica. Mas embora a premissa seja simples, alguns personagens são imprevisíveis,e outros novos surgem durante a história, o que ajuda na ação e no drama a se desenrolar!
   Foi nessa história que ficamos conhecendo o uniforme negro do Homem-Aranha, que acabou formando o Venom, um dos mais populares inimigos do aracnídeo. E várias outras consequências ocorreram nas histórias.
   


    Uma lembrança carinhosa que tenho é da edição 4 da minissérie original que meu irmão comprou, pois ela durou muitos anos desde os meus 6 aninhos, eu li e reli várias vezes! E como não podia chamar a atenção de qualquer menino a cena do Hulk segurando uma montanha nas costas, evitando que os heróis sejam esmagados? Capa nota 10!

Eu tinha o boneco do Aranha da coleçao Secret Wars!!