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6 de jun. de 2020

Leituras de junho

Watchmen - Edição Definitiva: relendo a edição encadernada pela segunda vez, sendo que da primeira deu um nó na minha cabeça mesmo tendo visto o filme e conhecendo a premissa básica. Mas é Alan Moore e ele merece ser lido. Trama inteligente, ácida, devastadora, mostrando um mundo onde os super-heróis sofriam como qualquer humano e lidavam com as consequências de suas ações e de seus traumas, pegando o que a Marvel fez com seus heróis e levando a um nível mais adulto e extremo. Com várias subtramas que se interligam, é um obra complexa, que mistura política, história, conspiração, guerra fria, ficção científica, e mostra no final dos capítulos, nos textos em prosa, uma riqueza de um universo bem amarrado, confundindo até o leitor com o que é fato e ficção, como o suposto trecho de um livro sobre quadrinhos. Consta também um artigo sobre ornitologia e um editorial de um jornaleco de extrema direita. Há também os Contos do Cargueiro Negro, um gibi de pirata que um menino lê na banca onde ocorre uma trama que envolve personagens secundários, cada um com sua tragédia pessoal. A idosa Sally e sua triste história de violência e culpa. A relação de Laurie com Daniel (O Coruja) e sua frustrada tentativa de ir pra cama da primeira vez. O sinistro Rorschach (tido como muitos como o melhor personagem da série). E o que falar do Dr. Manhattan e sua história, e seus conceitos de tempo e da falta de sentido na vida humana no complexo universo? O complexo plano de Ozymandias. Fora as inúmeras referências da época de artistas, políticos, escritores e pensadores, além da metodologia de construção das mudanças de cena e mesmo da disposição de quadros, coisas que li a respeito e que nem mesmo notei. A cada lida, ao longo dos anos, as vivências do leitor fazer conhecer novos ângulos da história. E o mais impressionante é que foi escrito há muito tempo, e continua atual, como toda obra literária de qualidade. Belos desenhos de Dave Gibbons e a genialidade metódica e multi-tudo de Alan Moore.







A Saga de Thanos Volume 2 - encadernado da Panini com a parte final da coletânea de histórias dos anos 70 que trouxeram os combates finais da primeira vida do Titã louco, com seus planos para agradar a Senhora Morte. Enfrentando em seu caminho o Capitão Marvel, Warlock, os Vingadores, o Coisa, Homem-Aranha e com suas maquinações afetando até o Demolidor. Jim Starlim monta uma trama complexa que se alastra por vários anos e se conecta com o destino final de Adam Warlock, como um salvador, peão dos seres cósmicos que regem as forças da vida, a Ordem e o Caos.Reler essa saga com acabamento de luxo é uma tentação, mesmo com o preço salgado (ainda bem que ganhei de presente no dia dos namorados). A saga merecia mesmo uma republicação deste nível, a compilação havia saído pela editora Abril há 28 anos, um pouco antes de ser publicado seu retorno nas histórias do Surfista Prateado, no início da saga do Infinito que deu origem inclusive ao sucesso de Vingadores - Guerra Infinita no cinema. Quase sem erros editoriais, apenas reparei no descuido com a linguagem elaborada, usando um coloquial "Me esqueci" na fala de Warlock em certo momento e a palavra "Tellus" onde parecia ser Terra, quando o personagem falava sobre não poder voltar a seu planeta natal por ter sido expandido em tamanho. Tem também uma falha na colorização original, onde parece que Thanos está sem calças sentado em sua poltrona. Com algumas mudanças na tradução já clássica, mas nada que incomode muito, vale a pena adquirir este clássico de quase 500 páginas. Observação: Na minissérie da Abril saiu uma história onde o Coisa e o Hulk se enfrentavam, que não saiu aqui. Em contrapartida, aqui veio a edição 15 de Warlock e uma história curta de Thanos e Drax (da revista Logan's Run 6) que não havia saído em formatinho. 





Thanos na privada?








Ui ui Magus!










 


Guerras Secretas - Os Últimos Dias do Surfista Prateado. Reli esta esta edição que contém as mesmas histórias que o terceiro encadernado da coleção Nova Marvel, que preferi não comprar, até porque a capa desta edição comum é mais bonita. Dan Slott e o casal Allred trazem mais histórias românticas e  aventurescas do Surfista e Dawn Greenwood, levando os sobreviventes de Nova Égide a um novo mundo e ficando presos num looping espaço-temporal. A revista faz o leitor girar a revista com a disposição maluca em forma de 8 dos quadros, voltando ao começo da revista. Depois o casal tem que reconstruir o universo com a energia de Glorian e ao corpo do Moldador de Mundos e tomar uma decisão que pode afetar toda a realidade.