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10 de mai. de 2019

Leituras de Maio

Com uma pilha de coisas pra ler e o ritmo de trabalho alucinante, estou lendo a mesma edição desde o final de abril, mas consegui terminar, e agora que a internet voltou, lá vamos nós:

Lendas do Universo DC Jack Kirby: Etrigan - mesmo não querendo, o rei dos quadrinhos produziu a série "O Demônio", um personagem sobrenatural para entrar na onda da época. E sim produziu um bom gibi, com temática mística, envolvendo Camelot e o mago Merlin. Em sua última batalha, Camelot cai nas mãos de Morgana Le Fey, e Merlin esconde seu principal guerreiro, o demônio Etrigan, sob a identidade de Jason Blood, que vive séculos como humano, perdendo noção de quem é. Assim, o demonologista Jason Blood é uma personalidade única, que ao ser confrontado com as palavras mágicas, ou em extrema necessidade, ou ainda sob o comando de Merlin, se transforma novamente em Etrigan. Ele enfrenta criaturas místicas de outras dimensões, assim como magos e bruxas da Terra. Nesta primeira edição são 8 gibis, divididos geralmente em 3 capítulos, produzidos quase que totalmente por Jack Kirby (exceto a arte-final). Embora seja um material de qualidade, com ação e aventura, o texto é um pouco cansativo e longo, mas longe de ser ruim. Kirby usou uma história do Príncipe Valente para criar o visual do demônio, uma curiosidade que podemos conferir na nova coleção da obra de Hal Foster lançada também recentemente.






Salvat Vermelha - Manto e Adaga: uma das edições mais aguardadas por mim desde que a expansão foi anunciada. Esses personagens tem um carisma enorme, pois são melancólicos e trágicos. Jovens fugitivos raptados na cidade grande e vítimas de testes com drogas experimentais, acabam desenvolvendo poderes de luz e escuridão. Um sente necessidade do outro para buscar um equilíbrio, Tyrone Johnson, o Manto, podendo se teleportar e engolir criminosos, sugando sua força vital, enquanto Tandy Bowen brilha e projeta lâminas de luz, que podem matar ou curar e purificar. Genial criação de Bill Mantlo, que nesta edição fazem sua primeira aparição numa história do Homem-Aranha e em seguida estrelam uma minissérie de 4 edições, apresentando alguns coadjuvantes legais, como o padre Delgado, que acolhe os dois jovens e a detetive O'Reilly, que investiga suas aparições e tenta impedir que ajam, mas acaba sendo ajudada. As histórias são em um ambiente sombrio e decadente, retratando o problema urbano com as drogas e crime em Nova Iorque nos anos 80. 





Superman Versus Exterminador do Futuro - edição do ano 2000, de Alan Grant e Steve Pugh, com uma boa história, onde Sarah Connor e seu filho John estão em Metrópolis e são protegidos por Superman quando alguns exterminadores atacam. O Superciborgue deixa uma mensagem para a Skynet encontrar no futuro e aprender a combater o herói. Superman é levado ao futuro por um envelhecido Aço, ao lado de John Connor e a resistência, enquanto Supergirl e Superboy seguram as pontas no presente e pedem ajuda a Lex Luthor. História muito boa, que como sempre deixa em aberto a possibilidade da Skynet ressurgir.




 
Salvat Vermelha - Union Jack - com uma minissérie em 3 partes, onde Joe Chapman enfrenta seu amigo Kenneth, dominado pela Baronesa, e outra em 4 partes, onde o herói se alia à Contessa Valentina de la Fontaine, à heroína de Israel, Sabra,  e ao novo Cavaleiro das Arábias, Navis Hashim, com uma certa tensão entre os dois últimos. A Aliança, a pedido do Serviço Secreto Britânico, visava a combater aos ataques terroristas da I.R.D.A., imitação da I.M.A. - essa história já havia sido publicada na revista Marvel Action no Brasil. Vale a pena conhecer.




O Diário de Anne Frank em Quadrinhos - de Ari Folman e David Polonski, que ao serem contatados pela instituição fundada pelo pai de Anne Frank, tiveram que resumir a obra para a versão em quadrinhos. Mesmo eu não tendo lido o livro, me emocionei com a história da menina de 13 anos que viveu isolada em um apartamento escondido, juntamente com mais 7 pessoas por alguns anos na Holanda, fugindo dos nazistas e delatores durante holocausto da Segunda Guerra Mundial. Extraordinariamente talentosa para escrever, e com o pensamento muito evoluído para sua época, ela manifesta suas esperanças, descobertas, anseios e tristezas no diário. Até que um dia não escreve mais. Pra quem não conhece a história, vale a pena, mas infelizmente o destino cruel que a família sofreu deixará o leitor inconsolável, assim como outras histórias desse momento histórico vergonhoso da humanidade.





Salvat Vermelha - Novos Guerreiros: muito bom foi reler as primeiras aventuras com Radical, Speedball, Kid Nova, Namorita, Marvel Boy e Flama, principalmente a estreia deles ajudando o Thor a enfrentar o Fanático, nesta ótima aventura cheia de ação publicada anteriormente em Superaventuras Marvel 134. Eu gostava bastante das histórias deles quando adolescente. Foi um choque quando alguns anos depois se descobriu que Chord e Tai (os tutores de Dwayne Taylor, o Radical) eram pessoas horríveis. Os heróis adolescentes lidam com o passado de Radical, enfrentam Terrax, um grupo ridículo chamado Psionex (que nem os autores sabiam direito que poderes tinham) e também o Ladrão das Estrelas, que ataca lançamentos espaciais, mas depois se junta ao grupo para proteger o lar dos Inumanos na Lua. Com exceção da edição nº 1 da série americana dos Novos Guerreiros, as demais histórias (2 ao 6) foram publicadas na revista do Homem-Aranha da editora abril nos anos 90. Uma pena na edição são os erros de grafia (letras trocadas de lugar, formando palavras diferentes do que deveriam ser) e também de tradução, ficando alguns termos truncados ou soando de maneira péssima. Nesta era de "Juntos e Shallow Now", as editoras deveriam caprichar mais ao contratar os revisores ou seja lá quem for o culpado por erros tão básicos.





Guardiões da Galáxia 12 - Com a primeira história se passando durante a Guerra Civil II, que vale a pena pela discussão no início da história, onde Rocky Racum discute com o Coisa e Peter Quill sobre por quê valeria a pena salvar a Terra. Depois ele reclama por ter perdido a nave quando a Capitã Marvel os fez enfrentar os heróis a comando do Homem de Ferro. Na segunda história, Rocky e Groot lidam com a maluca Gwen Poole enquanto caçam um alienígena. Na última da edição, o jovem Peter Quill ajuda os Saqueadores a sequestrar uma nave da Terra.





Salvat Vermelha - Excalibur - Tem algo que me incomoda nos desenhos de Alan Davis, mas não sei explicar, acho que é o rosto dos personagens, porque são desenhos no geral, bonitos. Mas essa edição da coleção começa com um especial do grupo Excalibur que achei intragável: vilões ridículos extradimensionais como a Technet ou os "lobisomens guerreiros" do mundo de Mojo. Ainda bem que a partir da edição 1 da série a coisa melhora bastante, pois Chris Claremont sabe trabalhar as relações entre os personagens e manter o bom humor. Daí em diante, tudo fica melhor, tirando os antagonistas das histórias, como o Arcade (argh). Mas a simpatia e personalidade de Kitty, o poder e ousadia da Fênix (Rachel Summers) e as curvas e inocência de Meggan conquistam o leitor, pra compensar os bobos Noturno e Capitão Bretanha. Os elementos britânicos, em minha opinião, não favorecem a aventura, nem elementos tirados de Alice no País das Maravilhas. Torna tudo infantil demais. Mas gostei da série no geral.






Lendas do Universo DC Jack Kirby: Etrigan Vol. 2 - Se no primeiro volume tínhamos um texto um pouco longo e cansativo permeando as boas aventuras, nestas últimas 8 edições compiladas no segundo volume isso não acontece. Nestas histórias, Jack Kirby acerta em cheio na dose: sem enrolação nem explicações demasiadas sobre a origem do personagem, a ação é frenética, as criaturas monstruosas, as páginas duplas impactantes. Muito, mas muito bom este material! O Fantasma, a a bruxa Galateia,  O menino Bruxo Klarion, um monstro Frankenstein espetacular, e a volta de Morgana Le Fey. O Rei estava inspiradíssimo, na escrita e na arte.



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