A Teia do Aranha 74 (dezembro de 1995) - Finalmente recuperei esta edição para minha coleção. Um gibi que comprei com meus 15 anos de idade, e um de meus favoritos. O Casamento do Homem-Aranha é um marco dos quadrinhos? Não sei, mas pra mim foi um marco de reflexões e momentos marcantes e que ainda me emocionam. Quem acompanhou o personagem durante seu crescimento (falo do leitor e do Peter Parker) acaba se identificando fácil com as questões que ele se vê refletindo. O grande passo do casamento, mais responsabilidade, a culpa da morte de Gwen e a promessa feita a seu pai. O não ter pensado que era pra sempre até MJ falar. O seu jeito meio tosco de entregar o anel. A esperteza da Tia May, que já pressentia o anúncio do casamento e o abraço dela em Peter dizendo que só não esquecer dela. O Aranha numa ação ininterrupta pra conseguir vender mais fotos e pagar o anel. Os conselhos dos amigos, a hesitação, quase desistindo ao ver a vida de luxo que Mary Jane está acostumada com sua profissão de modelo. A vaquinha dos colegas do Clarim Diário e até o momento paternal com o rabugento J. Jonah Jameson. Peter é inseguro, passou a vida correndo atrás do sustento para si e a Tia desde a adolescência quando tio Ben morreu por sua culpa indireta, ao ganhar seus poderes. O sonho de Peter na véspera funciona exatamente como a cabeça de uma pessoa ansiosa funcionaria, com devaneios causados por medo de não conseguir proteger seu amor. Pelo lado da noiva, temos a tentação constante de propostas de homens ricos, de glamour, muita gente tentando afastar MJ da ideia de casar e "sossegar". A história de Mary Jane também carrega dramas que a fazem não confiar na ideia de casamento, visto o que passou com seus pais e sua irmã. Temos aqui uma "leitura de formação", um drama de amadurecimento, uma leitura densa e humana, com importantes reflexões. Um ponto alto da Marvel, do personagem Homem-Aranha e seu alter ego. E claro, dos autores, os escritores David Michelinie e Jim Shooter, e o competente Paul Ryan nos desenhos. Na vida real, a editora promoveu um evento live-action num estádio para encenar o casamento do mais popular super-herói da "Casa das ideias", em 1987, ano da história. Claro que quem casou o Aranha foi o próprio Stan Lee. O Vestido de Mary Jane, nos quadrinhos e na encenação, foi o último trabalho do estilista Willi Smith, que aparece desenhado na história. (fotos de uma matéria em inglês abaixo). Ainda no gibi, a Lua-de-Mel do casal. Bruce, um rico pretendente de MJ, sem conseguir fazê-la desistir de Peter, deu aos dois de presente passagens para a França e uma semana com as chaves de uma pequena vila particular à beira da praia. Peter ainda teve que engolir um garçom arrogante, amigas festeiras, um dono de agência de moda arrogante e uma proposta do Puma, como Thomas Fireheart. Como Homem-Aranha, ele deveria recuperar joias roubadas e depois teria um emprego como cientista e ganhos extras em missões. Peter descobre que era um teste e se indigna. Era tudo uma forma de pagar uma dívida de honra de Thomas, pressionado por seu tio, chefe de sua tribo. Ao final, Petere Mary jane retornam à vida real, para serem felizes em seu "muquifo" simples, mas com muito amor. Esta segunda história foi escrita por Christopher Priest, e desenhada por Alan Kupperberg.
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