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4 de out. de 2013

Quadrinhos e Cinema 3 - Trilogia X-Men (Parte 2)

                       
            Mutantes. Desde a descoberta de sua existência, eles têm sido encarados com medo, desconfiança, e frequentemente ódio. Por todo o planeta, o debate aumenta. Serão os mutantes o próximo elo da cadeia evolucionária ou simplesmente uma nova espécie de humanidade, lutando para compartilhar o mundo? De qualquer modo, é um fato histórico: compartilhar o mundo nunca foi um grande atributo do homem.Introdução de Charles Xavier.



            “O maior filme de ação de 2003”, anunciavam. Não sei se estavam se referindo ao tamanho, nem tenho na cabeça quais outros filmes foram lançados naquele ano. Mas o título que eu daria é O melhor filme de ação, pois esse realmente me surpreendeu, mesmo acompanhando todo o desenvolvimento pela Internet em sites especializados. E mais uma vez tudo é mérito do diretor Bryan Singer, que não se baseia em efeitos especiais nem em violência e batalhas gratuitas, mas num roteiro bem amarrado para nos dar 2h e 10min de um filme de ação animal. Fui ao cinema com meu irmão Julian e depois com meu colega Leandro, que ficou abismado mesmo depois de eu avisar: “Vais ver o melhor filme da tua vida, é emocionante!”. Taí o momento registrado:

Leandro Vargas (do blog Olhos Estranhos) e eu - no cinema em 2003.


            Desta vez temos personagens novos, como o teletransportador Noturno, que é usado pelo Coronel William Stryker para atacar o presidente dos EUA e assim ter uma desculpa para caçar os mutantes e invadir a Escola Xavier para Jovens Superdotados, base dos X-Men. Enquanto isso, Magneto está para se libertar (numa cena fantástica) com a ajuda de Mística. Ciclope e Charles Xavier são raptados, e Stryker comanda Yuriko (Lady Lethal), cujos poderes são os mesmos que Wolverine, com o filho mutante Jason, transformado numa arma de abdução. O plano de Stryker é, através de ilusões, forçar Xavier a usar sua versão do computador Cérebro para matar os mutantes psiquicamente. Os X-Men se unem a Magneto, mas este último tem planos de reverter o uso da máquina e matar os humanos com um mata-cobra na mente (gíria da minha turma, não perguntem).
   O roteiro é parcialmente baseado na Graphic Novel 1 - O Conflito de Uma Raça, de Chris Claremont e Brent Anderson (Editora Abril), republicada com o nome Deus Ama, O Homem Mata, pela Panini, onde Stryker é um reverendo que prega o ódio aos mutantes.
            Em X-Men 2 o Homem de Gelo, Pyro, Vampira e Tempestade (com um cabelo mais decente) se destacam uns mais e outros menos e temos aparições-relâmpago de Colossus, Kitty Pride, Fera (Hank McCoy na forma humana dando entrevista na TV, quase invisível), Syrin e Jubileu (que tinha aparecido no primeiro filme, mas nem o nome foi mencionado). E alguns nomes de personagens conhecidos dos quadrinhos aparecem na tela de computador de Stryker quando Mística acessa.

            Cenas de destaque: o Pássaro Negro (avião dos heróis) desviando dos tornados criados por Tempestade para fugir dos caças e o susto que o espectador leva quando Vampira é arremessada para fora do avião ao serem atingidos por um míssil. O salvamento dela por Noturno foi espetacular. Outra é a briga de Wolverine e Yuriko. Deu pena de vê-la morrer, pois estava apenas sendo manipulada. Mas Logan mata mesmo assim. Nesse filme ele matou bastante. Sua origem foi parcialmente revelada, pelo menos o adamantium em seus ossos sabe de onde veio. E desta vez não esconderam a altura do ator Hugh Jackman.


            Mas o melhor de tudo são as surpresas do final, a inesperada morte de Jean Grey, que vinha manifestando os poderes da Fênix, numa referência a uma famosa fase dos quadrinhos X. A cena de Wolverine dizendo: “Ela se foi, ela se foi...” a Ciclope, desesperado, é bem forte para os fãs. Confesso que me emociono vendo. E aquele brilho na água do Lago Alkali e uma sensação do Professor X deu a todos um aviso que Jean poderia estar viva. Mas só saberíamos 3 anos depois.

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