X-MEN: O CONFRONTO FINAL
Mutantes
e humanos. Há muito eles se esforçam para coexistirem. Enquanto uns tentam unir
o mundo, outros tentam dominá-lo. Nenhuma das estratégias prevaleceu. Mas
quando os conflitos chegam a um impasse, é inevitável que algo aconteça para
alterar o equilíbrio para sempre.*
O grande problema da
última parte da trilogia original da saga dos mutantes da Marvel no cinema é a
ausência do diretor Bryan Singer, que optou por dirigir o filme Superman O Retorno. Ele sabia dosar a
fantasia e a realidade num nível aceitável. Não estou dizendo que este seja um
filme ruim, mas muitas coisas ficariam melhor sob outra regência.
Neste filme, cujo nome
(X-Men: The Last Stand) poderia ter
sido traduzido como X-Men: A Última Resistência ou algo do tipo, temos
elementos de fases áureas dos quadrinhos, como a Saga da Fênix e outras mais
recentes (Surpreendentes X-Men), que não acompanhei. E alguns personagens
clássicos que fizeram falta nos outros dois filmes deram as caras, como Fera e
Anjo, que são da formação original.
O conflito entre
mutantes e humanos se dá quando os laboratórios Worthington (do pai de Warren,
o Anjo) estudam um menino cuja mutação anula os poderes de outros quando se
aproximam e produzem então uma “cura” polêmica. Alguns mutantes a querem para
não serem discriminados ou se livrarem de sua “maldição” (como Vampira) e
outros a rejeitam porque não se veem como doentes para serem curados. Toda uma
discussão ética social e individual está implícita neste dilema. Nos quadrinhos, um dos x-men ainda pergunta para a médica responsável: e o que vem a seguir? A eliminação do gene gay? Marco Feliciano deveria ler x-men e aprender a pensar!
Ao mesmo tempo, Ciclope
sente um chamado mental de Jean, que renasce e revela sua personalidade
escondida, a Fênix, uma mutante poderosíssima e selvagem, e sinceramente, mais
assustadora do que as cenas de O Exorcista. Ela mata alguns de seus ex-colegas
e muita gente durante o filme, manipulada por Magneto.
Citar
os personagens do filme levaria uma eternidade, apenas merecem menção o
grandalhão Fanático e o Homem-Múltiplo, aqui retratado como vilão. Kitty e
Colossus participam pra valer desta vez, e temos um confronto de Pyro e Bobby,
o Homem de Gelo. Wolverine mais uma vez se destaca e embora tentem dar
importância à Tempestade, Halle Berry não faz jus ao papel, em minha opinião.
O pecado maior do
diretor Brett Ratner é a pretensão e a inundação de mutantes que criou (pecado
que a Marvel também cometeu nos últimos anos, que mostravam os mutantes quase
como maioria no planeta – e recentemente criou eventos que levaram os mutantes
quase à extinção). E os saltos dos aliados de Magneto na batalha final?
Manjados truques com cordas. Isso me cansou. A maquiagem do Fera também não
gostei, parece que só sabem pintar pessoas de azul: Mística, Noturno (que
desapareceu neste filme) e agora o Fera? A cena da ponte sendo removida é outra
coisa incrível e épica, mas não sei por que não me convence.
Enfim, um bom filme, com
muitas surpresas e cenas emocionantes, admito, que peca por ser curto demais e
mostrar tanta coisa em ritmo acelerado. O DVD duplo traz cenas inéditas e
estendidas e muita coisa de bastidores, e uma daquelas introduções*, que na
versão oficial ficou de fora.
Quem
não viu, que veja, vale a pena!
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