Placas Tectônicas (Editora Nemo - Março de 2016) - Margaux Motin faz uma caricatura de si mesma: uma mulher de 34-35 anos, recém separada, com uma filha, e conta seus pequenos dramas diários e crises existenciais. As novas relações, os momentos íntimos com as amigas e o novo namorado, seu trabalho e a relação com filha e mãe. Numa linguagem despojada e despudorada, ela se expõe e mostra o melhor e o pior de seus pensamentos, lidando com o confronto de seu antigo eu, suas fantasias da juventude e a realidade que se abre à sua frente, com o desafio de ser uma mãe que nem sempre sabe o que fazer, mas que vai lidando como pode sem se cobrar demais, aceitando suas limitações e sonhando com dias melhores. O texto é divertido, mas não chega a ser indispensável, é uma leitura leve e descompromissada, sem se ater á causa feminista, e mesmo assim, com um toque de sarcasmo com a sociedade patriarcal. Os desenhos, com um belo colorido, de vez em quando é feito em cima de uma foto, o que dá um efeito bem legal e original. Li a edição emprestada de minha namorada, Mariane Vargas, que comprou numa livraria/sebo em Porto Alegre este ano.
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