A participação do Projeto Gibiblioteca na Feira do Livro da Praia do Hermenegildo foi citada no Jornal Liberal - pra ninguém duvidar de mim, hehe!
26 de fev. de 2013
22 de fev. de 2013
Elektra: Assassina
Bom, primeiramete gostaria de dizer que há muitos anos queria ler esta obra. Três fatores me diziam que TINHA que ser boa esta obra: Elektra, Frank Miller e Bill Sienkiewicz. Uma personagem interessante, o cara que a criou e que geralmente faz histórias clássicas, e um ilustrador excepcional. Precisa mais?
Lançada primeiramente como minissérie pela Editora Abril e depois encadernada pela Panini, a obra requer um olhar sensível e maduro do leitor. A arte é praticamente surrealista, e o roteiro, cheio de flashbacks e não apresenta uma linha contínua de ação. É arte pura em movimento, é introspecção e subjetividade, dos personagens e do leitor. O que está nas páginas não necessariamente é o que está acontecendo. Um pouco difícil de digerir na primeira leitura, ainda mais pro leitor iniciante, que certamente fica confuso.
Para entender a trama é bom que se conheça a fase das histórias do Demolidor criadas por Miller e que apresentaram Elektra, lançadas certa vez como Elektra Saga. Esta última, juntamente com o Graphic Álbum "Elektra Vive", são visões do criador sobre a personagem.
Em Elektra Assassina, o agente do governo John Garret persegue a ninja e acaba dominado por ela, que tenta deter a entidade conhecida como "a Besta" de causar uma guerra através da manipulação do presidente dos Estados Unidos. As primeiras partes descrevem a mente confusa da ninja grega, que havia sido aprisionada, e aos poucos a história vai ficando mais clara.
Eu conheci certos elementos da história há alguns anos, quando foram resgatados na saga da ressurreição da personagem, na revista Superaventuras Marvel.
Não pretendo falar mais da história, pois não há muito que descrever a quem não vai realmente ler. A obra é ação, ficção, experimentação, alucinação, sedução e um deleite para os olhos - um charme só.
Análises melhores podem ser encontradas no site Universo HQ ou blogs de leitores. Se você ler as entrevistas dos autores presentes na edição, vai entender melhor.
Procure conhecer os quadrinhos da ninja Elektra. Mas não veja o filme - aquilo foi um crime!!
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Atriz linda - filme ruim pra dedéu!! |
21 de fev. de 2013
Fraude no livro "Sedução do Inocente"!
Se você é um grande fã de quadrinhos, deve ter ouvido falar do livro "Sedução do Inocente", que causou polêmica nos anos 1950 nos Estados Unidos ao dizer (e convencer a maioria) que os gibis faziam mal aos jovens. As pessoas promoviam queima de gibis nas ruas, foi uma onde de histeria na época. Pois vejam o que foi descoberto:
Fredric Wertham manipulou dados do livro
Por Sérgio Codespoti
Num artigo publicado no Information & Culture: A Journal of History
Tilley revela que Wertham modificou os dados obtidos em seus estudos
para escrever o livro, como, por exemplo, a idade das crianças, a
omissão de fatores mitigantes e a distorção de citações.
Em 1954, Wertham foi chamado para depor sobre delinquência juvenil,
na subcomissão do senado dos Estados Unidos, justamente em virtude dos
"méritos" do livro Sedução do Inocente. O resultado direto da investigação foi a criação do Comic Code Authority, o código de censura dos quadrinhos e a falência da E.C. Comics, na época a mais relevante editora de quadrinhos dos EUA, especializada em histórias policiais e de terror.
A pesquisa de Tilley foi iniciada com um propósito diferente. Quando
os arquivos pessoais do psiquiatra - que faleceu em 1981 -, preservados
na Biblioteca do Congresso, foram colocados à
disposição do público, em 2010, ela buscava saber se Wertham havia
trocado correspondência com bibliotecas e bibliotecários naquele
período. O que ela descobriu, entretanto, foi a manipulação sistemática
das entrevistas e de outros dados usados no preparo do livro.
Em Sedução do Inocente, Wertham diz que recebeu um grande
volume de cartas, enviadas por bibliotecários, reclamando dos
quadrinhos. Em sua pesquisa, Tilley encontrou apenas uma dúzia - se
tantas - de cartas. Esse é apenas um dos exageros cometidos pelo médico.
Ele tinha uma clínica de baixo custo, no Harlem, em Nova York, na qual
diz ter atendido milhares de jovens problemáticos, mas na realidade esse
número está na casa das centenas.
Segundo Tilley, o livro possui péssima documentação. Não existem
citações diretas ou bibliografia. Não há meios exatos de saber quais as
bases dos fatos relatados ou das pessoas mencionadas. Quando tentou
corroborar as informações publicadas com as entrevistas com os
pacientes, ela encontrou dezenas de distorções, omissões e até mesmo
invenções por parte de Wertham.
Segundo Wertham, o garoto Edward, de sete anos, passou a ter pesadelos após ler a revista The Blue Bettle (título do personagem original, da Fox Comics, que vendeu os direitos do mesmo para Charlton Comics em meados da década de 1950, muito antes de o Besouro Azul fazer parte da DC Comics), sobre um herói que se transformava em um besouro, e sugere que a história é "Kafka para crianças".
Tilley encontrou as anotações sobre Edward, na qual o médico escreveu
que o menino não se lembrava do conteúdo dos pesadelos. Além disso, o
Besouro Azul não se transforma literalmente num inseto.
Sobre Batman e Robin, Wertham diz que eles representam os desejos de
dois homossexuais vivendo juntos, atribuindo a citação a um jovem de 13
anos, em liberdade temporária, recebendo tratamento psiquiátrico por ter
abusado sexualmente de outro menino, que se imaginava como o "Robin", e
que queria ter relações com o "Batman".
A pesquisa de Tilley revelou que o garoto preferia ler Superman, Crime Does Not Pay
(famosa revista de HQs policiais) e histórias de guerra, muito mais do
que Batman. Além disso, ele omitiu o fato de que o garoto havia sido
atacado sexualmente anteriormente.
Em alguns casos, Wertham menciona jovens que ele não tratou, como a
garota Dorothy, de 13 anos, que era paciente da Dra. Hilde Mosse.

Tilley afirma que existem lições sobre o caso Wertham relativas ao
funcionamento do que chamou de pânico cultural de massa. Ela publicará
sua pesquisa numa edição futura do Journal of Research on Libraries and Young Adults.
Ainda sobre o psiquiatra, Tilley diz que, embora ele tenha distorcido
os fatos para suportar suas teorias, Wertham não deve ser transformado
num grande vilão, pois existem muitas outras evidências de que o médico
tinha boas intenções quanto aos jovens e seu empenho em atividades de
assistência social.
Wertham não foi o causador da histeria contra os quadrinhos da década de 1950, mas é um dos mais notórios.
Para encerrar, a pesquisadora afirma que uma pesquisa feita em 1953,
um ano antes da famigerada subcomissão do senado sobre delinquência
juvenil, apontava que 90% das crianças e 80% dos adolescentes nos
Estados Unidos liam quadrinhos. Os números mostram que a proporção entre
as HQs produzidas e a população era de 6,5 revistas em quadrinhos
vendidas por habitante.

fonte: Universo HQ
17 de fev. de 2013
Camelot 3000
Há muitos anos ouvi falar de como era Camelot 3000. Há mais anos ainda eu via as propagandas que vinham nos gibis sobre esta série, que sempre tive curiosidade de ler. Foi publicada 4 vezes no Brasil, algumas vezes con cortes. Certa vez achei as edições em formatinho, mas o dono do sebo conbrava os olhos da cara e acabei desistindo, tinha outras prioridades.
Agora, com os scans, pude conhecer este clássico dos quadrinhos, o tão falado retorno do Rei Artur Pendragon no ano 3000, para enfrentar uma invasão alienígena. O que achei? Nada demais!
Sim, eu ultimamente ando muito exigente e não consigo elogiar o que não satisfaz completamente meu gosto pessoal de leitura, mas não ousaria dizer que a obra de Mike Barr é ruim. Longe disso. Desde os ótimos desenhos de Brian Bolland, passando pelo texto que flui e dispensa excessos, a trama bastante simples tem dramas batalhas que agradam ao fã de aventura, e mesmo os não conhecedores da lenda da távola redonda irão gostar, é um ótimo passatempo, com uma colorização diferente. Eu assumo que não li nenhum livro sobre as aventuras, mas as referências estão em toda parte, são da cultura popular, lembro vagamente de um ou outro filme, desenhos, quadrinhos, o nome de Merlin e a parte da espada Excalibur na pedra.
Sim, eu ultimamente ando muito exigente e não consigo elogiar o que não satisfaz completamente meu gosto pessoal de leitura, mas não ousaria dizer que a obra de Mike Barr é ruim. Longe disso. Desde os ótimos desenhos de Brian Bolland, passando pelo texto que flui e dispensa excessos, a trama bastante simples tem dramas batalhas que agradam ao fã de aventura, e mesmo os não conhecedores da lenda da távola redonda irão gostar, é um ótimo passatempo, com uma colorização diferente. Eu assumo que não li nenhum livro sobre as aventuras, mas as referências estão em toda parte, são da cultura popular, lembro vagamente de um ou outro filme, desenhos, quadrinhos, o nome de Merlin e a parte da espada Excalibur na pedra.
O destaque mesmo vai para os cavaleiros reencarnados em versões Samurai, Trambiqueiro, Milionário, a traição da Rainha com Lancelot e claro, o problema de Tristão, que se vê numa versão feminina e inicialmente resistindo a se envolver com sua amada Isolda.
Levando em conta a época do lançamento (inicio dos anos 1980), a série foi bem ousada em tratar a questão das mulheres amantes, tanto que parece que foram cortadas no Brasil algumas dessas partes consideradas tabus.
Minha avaliação: Bom, mas nem tanto quanto eu esperava!! Mesmo assim, é indispensável aos fãs de quadrinhos (pelo menos para não passar vergonha emtre os nerds).
9 de fev. de 2013
Ciência dos Heróis (7) - Aquaman e Tempestade
AQUAMAN
Ele tem
a habilidade de respirar tanto o ar da atmosfera terrestre como debaixo d’água.
Para um humano, retirar oxigênio direto
da água é impossível, mas nós também podemos respirar líquidos.
Perfluorcarbono
- substância transparente e insípida que tem altíssima concentração de
oxigênio. Em experiências, animais chegaram a respirar submersos em
perfluorcarbono por períodos longos. Mas o líquido é muito mais denso do que a
água, o que traz complicações. A
medicina estuda maneiras de usá-lo em casos de pacientes que precisam de
aparelhos para respirar.
Para se ter uma ideia, nas fotos a seguir mostram-se ratos respirando
mesmo estando submersos nesse líquido. Quando ele é retirado, o líquido
evapora de seus pulmões e eles voltam a respirar normalmente:
fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/quimica/uso-haletos-organicos-como-substitutos-sangue.htm
TEMPESTADE (X-MEN)
O químico Atílio Vanin tem uma
teoria sobre a levitação de Tempestade. “Pode ser que ela quebre as moléculas
de água do corpo”.
Dessa reação sobram oxigênio e
hidrogênio, gases bem leves. Como mais de metade do organismo é pura água, há
moléculas de sobra para a heroína quebrar. Assim, ela flutuaria feito um balão
de gás.
Controlar o clima é mais complicado. “É possível apressar a
chuva quando o céu está fechado”, afirma o meteorologista Mário Festa. Para tanto, bombardeia-se as nuvens com
cristais de iodeto de prata. A água gruda nos cristais até que tudo despenca.
fonte: http://super.abril.com.br/ciencia/desvendando-mutantes-441552.shtml
7 de fev. de 2013
O holocausto em quadrinhos!

O autor preferiu retratar os personagens como animais, assim os judeus são ratos, os poloneses são porcos, os alemães gatos e os franceses sapos. Mas isso não impede que eles se enojem em lugares infestados por ratos (o que deixa eles mais humanos apesar de sua retratação).
Assim como o filme "O Pianista", trata-se da história de um sobrevivente, mas se destaca pela riqueza de detalhes no relato de Vladek, bem como a esperteza e habilidade de negociante que salvou sua vida. Ele é um herói humano, com suas falhas (mais evidentes na velhice, por conta do que sofreu e da maneira que foi criado - ele era racista com os negros por exemplo, apesar do que passou).
Maus é quadrinhos, biografia, jornalismo, romance, humor, drama e história. Não é à toa que ganhou diversos prêmios, inclusive um Pulitzer.
Eis alguns momentos de destaque:
![]() |
As dúvidas do autor: metalinguagem! |
![]() |
A morte do filho de Vladek. |
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Trancados como animais num trem por dias. |
Eis uma obra indispensável nas leituras de fãs de quadrinhos e de quem quer conhecer o capítulo mais horrendo da história da humanidade.
3 de fev. de 2013
Leituras brevemente comentadas 1
Só ilustrando as recentes leituras:
Sandman - Noites Sem Fim - só tinha lido duas minisséries da Morte, esse foi meu primeiro contato com o universo propriamente dito da criação de Neil Gaiman e confesso que é uma arte fantástica, adulta, poética e a qual não estou acostumado. Sou fã dos quadrinhos arroz-com-feijão da Marvel e DC, e embora tenha apreciado, não é muito minha praia ler somente quadrinhos como esta edição. Gosto de uma aventura também! São várias histórias ilustradas por diferentes artistas, das quais gostei mais da história com a moça da luz verde na reunião dos Perpétuos, oriunda do planeta Oa, que pude relacionar com personagem conhecido (Lanterna Verde). Sei que me falta sensibilidade artística (aposto que a edição agrada mais os artistas plásticos e fãs de colagens, pois é muito visual e abstrato) ou tempo para reler e refletir, bem como explorar mais o autor e sua obra, mas não pretendo reler tão cedo (pelo menos não no PC como fiz).
A Teoria do Caos, de Pierre Schelle - a velha história da borboleta batendo asas e causando efeitos sucessivos inimagináveis e por vezes catastróficos. Ilustrada em preto e branco e dividida em capítulos, é muito bom, mas requer um olho treinado nos quadrinhos para perceber detalhes e sombras. A imaginação flui por mais de 100 páginas de fantasia. Uma poesia ilustrada sobre as forças da natureza - ou seria do caótico destino?
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