Mônica nº 1 (Editora Globo, Janeiro de 1987) - O gibi começa com um texto introdutório dando as boas-vindas aos leitores na nova editora, e convidando para começar uma nova coleção, citando inclusive a Editora Abril, que antecedeu o trabalho de publicação dos gibis da Turma da Mônica. A primeira história é chamada "Membros Ativados", com um cientista que criou uma fórmula para vender, a pedido de empresários, que queriam que as pessoas trabalhassem mesmo dormindo, com seus membros em movimentos mecanizados (um pesadelo capitalista). Mas a Mônica, correndo atrás dos meninos, invade seu laboratório e bebe a fórmula achando que era suco de groselha. Aí sobra pancada pra todo mundo, inclusive seus pais. Numa história de uma página, Magali fica em dúvida se compra um picolé ou goiaba. Todos estranham ver o dinossaurinho Horácio com cara de brabo e se afastam, mas as sobrancelhas franzidas eram apenas os braços de um macaquinho que brincava com ele. O pai da Tina reclama do tempo que ela passa no telefone, que era pra usar somente em emergências, dado o alto custo das ligações. Mônica revela o segredo de sua força para o Cebolinha, mas era um plano da mãe dele para comer legumes e tomar suas vitaminas. Cebolinha se esconde no cesto de um encantador de serpentes, mas o Cascão vem tocar flauta bem ali. Bidu quer uma história diferente, e Manfredo oferece roteiros que na verdade já foram usados em historinhas de outros personagens, até que o Bidu escreve ele mesmo um romance épico de aventura. Interessante ver as referências a histórias clássicas como "Chuva na Roça" e sobre as Sete Quedas, do Chico Bento, e a do mito da caverna de Platão, do Piteco. Rolo se casando, mas era um sonho, e ao mesmo tempo não era! Chico se aventura pra chegar ao cinema a tempo de ver o filme do Imbiana Jones. Mônica quer ser moderninha como as outras meninas e namorar, e o Cebolinha e o Cascão topam namorá-la ao mesmo tempo, mas ela não gostou muito de ser beijada e abraçada, e no final revela ser muito novinha pra essas coisas. História que embora tenha essa conclusão, ainda tem um clima estranho hoje em dia. Tina sai na rua com a roupa nova e todo mundo está com uma roupa igual, Pipa, Rolo, Zecão e etc. Penadinho pendura seu lençol e sai por aí invisível beliscando a bunda das mulheres pela rua, e ainda conta vantagem. Momento vergonhoso de se ler, impublicável atualmente. Uma menina marca encontro com todos os meninos ao mesmo tempo, mas ela só queria montar um time de futebol. Rolo fica angustiado quando um homem a seu lado começa a ter tics nervosos. Aninha briga com Titi e faz ele jogar seu carrinho fora, pois quer um namorado maduro. Ele veste uma camisa, calça e gravata e ela adora, depois vai dormir com sua bonequinha. Horácio se protege de predadores em cima de um coqueiro, e o pterodáctilo Alfredo descobre que é melhor fazer o mesmo. Um colega bonitão passa a aula toda piscando pra Tina, que se derrete toda, mas ele só queria cola na prova mesmo. Zé Luis está vendo o mundo diferente, pois seu óculos quebrou. Uma história curta mostra apenas a ilusão da perspectiva com um tanque de guerra de brinquedo. Um homem inventa um colete que resiste a balas, mísseis e até ao Sansão jogado pela Mônica, e Cebolinha e Cascão roubam dele para enfrentar a amiguinha. Na tirinha da última página, Mônica bota o cebolinha pra lavar louça. Saudosa edição que lembro que na época, minha prima tinha e eu não.
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