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30 de jul. de 2021

Repostando: Chico Bento

 Um compilado deste blog no que se refere às leituras comentadas ao longo dos anos.


Chico Bento 298 (Junho 1998) - Chico  acha que viaja no tempo e encontra sua professora e quer lhe ensinar a se divertir, mas na verdade era a sobrinha dela. Zé Lelé no poço dos desejos se dá mal. Uma história sobre aula de sujeito. Um menino sonha em ser índio para não ter que ir à escola. E Rosinha quer que Chico tire o chapéu pras mulheres demonstrando educação, mas ele sempre se atrapalha e ela que sofre. 


















Chico Bento 459 (Abril 2006) - Chico desta vez viaja no tempo com a ajuda do Franjinha para descobrir se vai chover no dia de seu casamento com Rosinha. Zé Lelé faz de tudo para que a professora adie a prova, pois Chico não estudou. Chico se atrapalha contando ovelhas, e Rosinha faz uma redação sobre o que queria ser: uma Rosa. Zé Lelé atola uma carrocinha e mesmo com conselhos não consegue sair. Jotalhão e Raposão vão num circo onde as atrações são os humanos. Nhô Lau é convidado a comer um doce feito com as goiabas roubadas dele mesmo. Chico não consegue pescar nada. E Chico também vai ao zoológico com o primo da cidade, mas só pensa na roça.








Chico Bento 34 – originalmente publicada em 1983, traz a clássica história “Um papo com o Sol”, com uma reflexão sobre a seca e a relação do homem e a natureza. Belos desenhos e roteiro numa história curta que marcou uma geração, inclusive a mim, no Almanaque do Chico Bento nº 1, da editora  Globo, em 1987. A edição traz outras histórias de menor destaque como o Zé da Roça preocupado com a cara de choro de Chico e pela rua, mas ele estava cortando cebola com a mãe. Papa-Capim e Cafuné roubam um ovo e a águia fica furiosa, pois tinha filhote, e eles devolvem no final. Chico quer fazer favores para uma senhora para ganhar um pedaço de bolo. E por fim, o caipira faz drama na escola porque não estudou para a prova, e se mostra muito cara de pau quando a professora e colegas demonstram pena dele.



















Chico Bento 37 trouxe a história da “Galinha dos ovos de couro”, que agitou a Vila Abobrinha e que era apenas uma brincadeira dos amigos de Chico. A história tem muita confusão e um mega empresário inescrupuloso. No resto da edição, nenhuma história de destaque.






Chico Bento (Panini) 67 - Com uma história de abertura poética onde Chico encontra o número 7 em vários aspectos de sua vida, os elementos, o local e lembranças da roça, e recebe uma festa surpresa de 7 anos. Nas demais histórias, muitas delas sem palavras: Papa-Capim protege sua oncinha de estimação de algumas enrascadas. Chico e o primo Zeca estranham os nomes das comidas nos lugares onde o outro mora. A formiga Rita Najura fica com ciúmes da gafanhota Luci Garrinha, e as duas se unem quando descobrem que Jotalhão não trocou as duas por uma outra. Chico, carinhoso com os animais, é o reflexo de como seus são com ele. Zé Lelé utiliza os animais que comem insetos para se livrar deles. Chico protege os animais e sem saber, eles fazem o mesmo por ele. Jotalhão, com sua memória de elefante, não perdoa e pede de volta tudo que emprestou aos amigos. Beleléu quer inventar algo com uma corda e inferniza Piteco e Bolota. E Rosinha e Maria Cafufa com uma simpatia para descobrir com quem vão casar. Divertida edição, ótima para leitores iniciantes, com pouco texto. Mas o melhor dela é a bela capa! 




Chico Bento 109 (1991) - Chico é confundido com um ano caído e depois pensam que queria enganar o povo. Ele também pega uma "constipação". Papa-Capim tenta mostrar como é bravo para impressionar Jurema. Mauricio busca inspiração em uma chácara no interior. Chico enfrenta um bode para poder visitar Rosinha. E outras histórias de menor destaque.








Chico Bento 331 - Nesta edição Chico fica com inveja das obras da casa enorme e das obras de arte da propriedade de Genesinho, pois Rosinha adorou. Ele tenta fazer uma escultura e só consegue fazer um espantalho, que ela valoriza por ter sido feito pelas próprias mãos dele. E já que os pais sempre se despedem dizendo: "Vai com deus, fio!", O "Diabão" tem que ir pra escola sozinho...







Chico Bento 347 (Maio de 2000) - A Marca do Zurro, a lenda de um herói atrapalhado enfrentando as proibições de Genesinho, o filho do "Coroné", que aproveita a ausência do pai para impedir as crianças de brincarem. Chico encarna um Zorro, mas quem faz sucesso é seu burrico, com seu som característico, um "zurro". Zé Lelé quer comprar algo com o dinheiro do porquinho (cofrinho) que quebrou, mas o valor só dá para comprar outro porquinho. Rosinha ouve assobios na rua e pensa que é para ela. E Piteco se vê às voltas com uma criatura mágica, o Plim.







Chico Bento 44 - segundo meu irmão, que leu todas, este é o melhor da série de encontros da Turma da Mônica com a Liga da Justiça. A história "Esperança realmente é tocante. Superman e Mulher-Maravilha visitam a roça de Chico Bento, que acaba ensinando lições de humildade e perdão. A curiosidade maior foi a oficialização no cânone da HQ da existência da irmã de Chico Bento, no comentário de seu Tonico  sobre a perda da filha. Isso aconteceu, como já comentei um tempo atrás, na história "Uma estrelinha chamada Mariana", e foi mencionado na Graphic MSP "Arvorada". Uma história de apenas uma página se destaca também pelo romantismo e paradoxo do loop temporal causado pelo desejo de Chico a uma estrela cadente, embora eu tenha visto algo parecido na internet uns meses atrás. A HQ com o primo da cidade também muito boa, com uma lição que ele recebe no Natal.




As histórias do 1º almanaque do Chico Bento, com 100 páginas, tem desenhos com um traço diferente do atual, mais "espichado" como era nos anos 70. O núcleo do personagem contava com o mexicano Juanito, Zé Lelé aparecia diferente de uma história para outra, e Zé da Roça e Hiro ainda falavam "caipirês" como o Chico, o que algum tempo depois foi mudado. A edição traz um texto introdutório bem legal também!












 Almanaque do Chico Bento 2 (Globo) ainda trazia aquela bordinha enfeitada com animais da fazenda. Na época era comum aparecer tiras do personagem Arapinha (mascote das lojas Arapuã) na parte de baixo das histórias. Como destaque mostro uma página com quadros grandes mostrando uma sequência de eventos muito bem desenhada!





Chico Bento 59 (1989) - Chico choca um ovo e o patinho pensa que ele é a mãe, perseguindo-o por toda parte. Numa carroça puxada pelo burro Ebervar, Chico dá carona para uma noiva atrasada para o casamento. Muitas piadas com as notas vermelhas de Chico, que fica traumatizado com a cor. A aldeia de Papa-Capim pensa que está sob ataque, mas era Cafuné treinando tiro ao alvo. E Chico lida com a poluição, uma entidade viva que ameaça a roça.









Chico Bento 113 (1991) - Chico conta uma história fantástica para a professora explicando a razão de não ter feito a lição de casa. No fim da história é revelado que era tudo verdade. Chico não pode ir se divertir com os amigos, pois prometeu pro pai que ia carpinar um pedaço da roça. mas quando começa a ficar desolado, eles surgem para ajudá-lo e depois poderem brincar. Vó Dita lê o perigo nas folhas de chá, mas Chico não imagina o que é. E Papa-Capim e Cafuné brigam pra ver quem um dia será o cacique.






Chico Bento 123 (1991) - "Mágoa de Boiadeiro" - uma bela história sobre os homens do campo, e o progresso, que deixa muitos sem emprego (isso nos anos 90). A mãe de Chico conta uma história sobre um porquinho que não queria estudar, mas o filho não aprende e ainda dá uma de espertalhão, saindo pra pescar e prometendo peixes ao amigo que vai fazer sua lição de casa. Papa-Capim quer aprender gritos de guerra, mas o Cacique ensina que o melhor é nunca ter que usar nenhum e viver em paz. Chico é bem grosseiro com Rosinha ao levá-la no barco enquanto vai pescar. E os animais estão cheios de vaidade com a "onda ecológica", como diz o caipira.









Almanaque Temático - Chico Bento e o Primo da Cidade: Chico vai para a cidade nas férias, ou o primo Zeca vai para o sítio do tio, na roça. Essa fórmula rende boas histórias há anos e aqui há uma coletânea boa, mas senti falta de algumas (como a do Shopping - embora na edição tenha uma com esse tema) da minha infância. Pelo menos a melhor de todas, "Chico no Restaurante", onde Chico arma uma confusão pois pediu "bife a cavalo" e não veio nenhum cavalo. A primeira, que se passa no ônibus, também rende boas risadas, parece as anedotas encenadas pelo Trapalhões nos anos 80. Muitas delas são sobre o Chico mostrando ao primo  e tios o valor de uma vida simples e até sobre consumismo. Em outras, ele mesmo aprende a valorizar o que tem. Sempre enaltecendo a natureza, os animais e o trabalho, Chico Bento é o retrato de um Brasil de interiores, onde não se fala a língua padrão mostrada na TV e livros. Bom material para professores como eu.






Almanaque do Chico Bento 70 (Panini) -  Uma bela história de abertura, onde o pai de Chico, preocupado que o filho seja igual a ele, força o menino a estudar sem parar pra ser doutor. Mas ele, com a ajuda de uma senhora que pede que lhe pague um café, vislumbra um futuro onde Chico não valoriza sua terra e sua família, sendo criado na cidade a partir dos 8 anos, ideia que o pai estava considerando. Nas demais histórias, Jotalhão causa terremotos na toca do Raposão, Chico troca o nome de Rosinha por outros nomes femininos, mas era de seus animais de estimação, Chico no elevador, Piteco tentando achar uma maneira de dormir no macio, Magali dá as caras no sítio onde tem coisas boas de comer, Chico interesseiro quer levar o material para professora, Zé Lelé quer fazer xixi, mas não pode ser no rio, Papa-Capim vira um sapo sem querer, Chico espera uma vida inteira para ver a goiabeira crescer, e também se vê às voltas com uma mosca chata - Ufa!








Chico Bento 27 (Panini, 2017) - AS histórias do caipira mudaram nos últimos anos e nos gibis ele tem se encontrado continuamente com seres mágicos, como fadas, duendes, espíritos, anjos e tal. Esse caráter fantástico de suas histórias não estão mais tão atrelados aos seres folclóricos brasileiros apenas. Nesta edição, no dia de seu aniversário, ele encontra um homem que vive dentro de uma árvore, e é o espírito dela. Com mágica, ele envia Chico ao passado, quando seus traços, sua personalidade eram diferentes e seus amigos tinham os nomes um pouco diferentes também. Embora seja uma homenagem ao trabalho de Mauricio de Souza, essa história é bem boba, e ainda em três partes. Na história do Piteco temos também uma certa "pregação" de igualdade de gênero, com Thuga resolvendo as pendengas enquanto o marido cuida do filho (mas é tudo uma visão do futuro). E vó Dita sugestiona Chico e Zé Lelé a temerem o Lobisomem, mas o final também é decepcionante.








Chico Bento 396 - com uma história hilária de Chico, Zé Lelé e outros caipiras ao encontrar um telefone celular.







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